A absurda convocação de Daniel Alves

A surpresa e incredulidade demonstrada pelo narrador André Henning deu a tônica do quanto chocou o Brasil a convocação de Daniel Alves. Em nenhum dos critérios que se exige para uma convocação de uma seleção para a Copa do Mundo, ainda quando falamos de Brasil, sempre apontada como favorita, o Daniel estaria dentro. Rendimento, momento, preparo físico e sequência de jogos. 

Treinando de favor no Barcelona B, a mesma equipe que por "amizade" o contratou depois do fracasso da passagem dele pelo São Paulo, onde teve desempenho pífio e, claro, não teve continuidade. 
Suas atuações ridículas no fraco Pumas do México, equipe que chegou a ficar no banco e que nem se classificou para a fase final do campeonato mexicano. Por tudo, se torna desmoralizante, vergonhoso para Tite e sua comissão técnica, e a direção da CBF, a convocação de, claramente, um ex-jogador em atividade.

Tite nunca olhou para Khellven, ala potiguar que fez um excelente campeonato pelo Athletico/PR, campeão sulamericano, da Copa do Brasil e vice da Libertadores; Rodinei, grande destaque do Flamengo nas suas conquistas, o Edilson, do Benfica e o Emerson Royal, todos eles, nos critérios exigidos, muito acima do baiano marketeiro amigo de Neymar. E talvez aí resida o motivo maior de sua convocação.

Experiência? Vestiário? União de grupo? Desde quanto isso é critério para se disputar uma Copa do Mundo? Thiago Silva, Marquinhos, Casemiro, Neymar, Allison, Ederson, eles têm sim bagagem para atender as necessidades de passar tranquilidade aos mais jovens.

Não joga desde setembro e no seu último clubes, o Pumas do México, teve um aproveitamento de 22%. Daniel Alves na Copa é um acinte. Memes de revolta, justa revolta, tomam conta das redes socais.