Minha homenagem ao meu querido amigo Flavão

Um dia de tristeza. A passagem do meu querido amigo Flávio Anselmo, dirigente de futebol á frente do seu tempo. O motivo? Simples. Ele tinha amor pelo futebol. Jogou e se encantou com o futebol desde que se entendeu de gente. Natural do bairro das Quintas, de família humilde, e que venceu na vida por seu esforço se tornando referência em tudo que fazia. Assim fez o ABC campeão brasileiro de 2010 e responsável por anos de ouro do clube e surgimento de craques como Wallyson,entrew vários outros. Não fosse ele, o Mago não teria sido jogador do alvinegro.

Conheci Flavão por intermédio do treinador Francisco Diá. Campeão na Cidade da Esperança de torneio sub-15, com o presidente Renilson Ferreira, Diá foi convidado por ele para tirar o ABC da fila sem títulos no Sub-20, perdidos para São Gonçalo e América. Isso em 2004. Nunha virada na reta final, o alvinegro foi campeão e conheci o dirigente nesse período acompanhando o trabalho do treinador que já era meu amigo e tornou-se, claro, amicíssimo de Flávio Anselmo. Na festa do título, os meninos comeram picanha na Churrascaria de João Quebra-Osso e, durante essa festa, ainda teve a fila. Que fila? A gratificação pela conquista. Os meninos nem acreditavam no prêmio, felicidade total.

Daí em diante, estive quase sempre ao lado de Flávio Anselmo, entrevistas, acompanhando jogos, contratações e sempre fazendo questão de destacar suas qualidades de dirigente, raríssimas, entre elas a perseguição pela valorização da bases que sempre foi, também, minha bandeira. Poderia escrever duzentas linhas sobre o Flavão, nosso goleiro do Diário de Natal, das várias peladas de campo e soçaite e das viagens acompanhando o ABC. Nossso futebol fica infinitamente mais órfão e pobre, pois, duvido, que surja em nosso horizonte um cara com a visão do Flávio Anselmo.

Minha homenagem e gratidão, sempre e sempre.

*A foto é de 2009, jogo-festa no JL, Amigos de Wallyson x Amigos de Souza. Na foto, Flavão, goleiro do time de Wallyson, está do meu lado, agachados. Um dia inesquecível que, infelizmente, não volta mais.