O ABC ficou no empate de 1 a 1 diante do Paysandu, resultado que deixa o clube potiguar na sétima posição na classificação geral. Fábio Lima abriu o placar no primeiro tempo, Patrick Brey empatou para o Papão na etapa complementar. A partida foi válida pela primeira rodada, adiada, e foi realizada na noite desta quarta-feira, no Frasqueirão, em Natal.
E o jogo?
O ABC começou passando a impressão que comandaria as ações. Engano. O futebol apresentado não evoluía da mesma forma , o time abusava das tentativas de ligação direta e a bola não chegava nos atacantes do ABC. Aos poucos, o time paraense foi tomando conta da partida, utilizando um sistema simples de 4-2-1-3, que sofria mutação para o 4-4-2 com o jogador Marcelo Toscano sendo peça chave. Dois volantes, só um de pegada (Mikael), outro de saída, Wesley, e dois meias - José Aldo e Marlon, ou três, quando Toscano voltava. O time, assim, criava, jogava mais que o ABC e mereceu vencer o primeiro tempo, pois criou algumas situações de gols.
O ABC, empacado, um esquema 3-5-2 que deixava órfão o meio-campo de criação, não tinha passagem nenhuma pelo lado direito, Marcos Vinícius não entrou no jogo, e Felipinho, lado esquerdo, muito marcado. Varão e Thallyson só corriam atrás, enquanto que a defesa batia a cabeça e tentava, ela, sair jogando, quase sempre em ligação direta. O ABC não andou. Numa das poucas jogadas de ataque, aos 40 minutos, Felipinho foi lançado em velocidade, cruzou para trás com muita força, o goleiro paraense não segurou e Fábio Lima estufou as redes pegando o rebote. Foi o tempinho final que o ABC, empurrado pela Frasqueira, foi melhor.
No segundo tempo, esperei mudanças de postura, de posicionamento, troca de peças, saída do ala sem jogadas, entradas de mais um meia de ligação. Nada disso aconteceu, Marchiori não mexeu. O ABC permaneceu preso na marcação, sendo dominado pelo adversário. Quando fez trocas, o teinador pecou, volante por outro, atacante por outro, volante por outro, e mais nada. Fiquei surpreso com a apatia do comandante do ABC que tinha se saído tão bem nos jogos anteriores. Me pareceu que ele não estava enxergando o jogo.
O Papão, ao contrário, fez entrar mais um atacante, o Henan, sacando de forma correta um volante, o Wesley, e trazendo o Marcelo Toscano, melhor jogador em campo, para a armação, fazendo do José Aldo, meia, um segundo volante. Marcou seu gol de empate aos 14 minutos, depois de muita pressão, bate rebate, num belo gol de Patrick Brey. E foi nessa pisada até o final da partida. Sempre melhor em campo até o encerramento da partida. Pedro Paulo, goleiro do ABC, precisou fazer pelo menos três grandes defesas para evitar a derrota em casa em chances bem claras criadas pelo time visitante.
Final de partida.
EDMO SINEDINO
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