A tensão em torno da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aumentou após a tentativa de ataque terrorista ocorrida em Brasília na véspera de Natal. A preocupação é sobre a segurança do petista e também de quem deseja participar do evento na Esplanada dos Ministérios, marcado para o dia 1º de janeiro. Passagens já foram compradas, hospedagens reservadas, com mais de 90% do setor hoteleiro na capital ocupado.
O medo, porém, tem colocado em xeque as decisões e já não há garantia nem de que o futuro mandatário da República desfilará em carro aberto.
Um largo esquema de segurança já era montado para o evento, que prevê 61 atrações de peso da música brasileira, além de exposições, posse de Lula no Congresso e passagem de faixa no Palácio do Planalto. Com os mais recentes episódios, as medidas estão sendo revistas, como avisou o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, já no dia do atentado frustrado.
O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), Flávio Dino e o futuro ministro da Defesa, José Múcio, reúnem-se nesta terça-feira (27) para discutir o esquema de segurança na Esplanada durante a posse.
Na véspera de Natal, um extremista bolsonarista plantou uma bomba com o objetivo de explodir um caminhão com combustível no Aeroporto de Brasília. O próprio motorista percebeu o artafato acoplado ao veículo e acionou as forças de segurança. A tragédia foi evitada, e um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) está preso.
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