O Carrefour Brasil anunciou na última sexta-feira (2) a entrega das primeiras quatro lojas convertidas do atacarejo Maxxi para a bandeira Atacadão.
Elas fazem parte de um total de 124 lojas adquiridas do Grupo Big (antigo Walmart) que serão transformadas em outras bandeiras ao longo de dois anos, ao custo de R$ 2,1 bilhões.
Essa transição de marcas de um atacarejo para outro, porém, é uma das reformas mais baratas. Em média, gasta-se R$ 10 milhões e a expectativa é de que o mesmo espaço passe de R$ 23 mil em vendas por m², para R$ 35 mil.
O Assaí, principal concorrente do Atacadão, também está numa fase de modernização de lojas, tendo inaugurado as primeiras conversões de lojas do Extra.
Para turbinar o visual das lojas, o CEO do Carrefour Brasil, Stephane Maquaire, garante que a mudança não se tratou apenas de trocar a cor vermelha pela laranja na fachada.
A operação foi transportada para um modelo de custos bem definido, com corredores mais largos, Wi-Fi para os clientes, além de incorporar facilidades como balanças na boca dos caixas — o que evita filas na área de hortifrúti –, e pagamento via Pix.
As lojas também vão passar a oferecer cerca de 10 mil produtos. Antes, o Maxxi trabalhava com 6 mil itens. Também é um movimento já visto no Assaí, que incorporou até seção de vinhos às lojas.
A vantagem é que essas melhorias não envolvem mudanças estruturais, o que permite que a loja fique aberta durante a maior parte do processo. Em junho, a companhia informou ao mercado que, para trocas de bandeiras, eram necessários apenas três dias de fechamento.
Maquaire diz que, apesar dos serviços oferecidos hoje nos atacarejos deixarem a operação das lojas um pouco mais caras, o aumento de vendas projetado tem a capacidade de diluir esses custos.
Ao todo, o Carrefour herdou do Big 58 atacarejos. Nessa primeira leva, 38 vão mudar para a bandeira do Atacadão.
Sobre possíveis conversões de suas lojas de hipermercados Carrefour para o “formato vencedor do Atacadão”, Maquaire afirma que o grupo está atento a essas oportunidades, mas que hoje o foco está em realizar a conversão das lojas adquiridas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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