Chanceler argentina chama crise diplomática de Milei com a Espanha de “anedota”

21 de Maio 2024 - 16h31

Após a Espanha anunciar a retirada permanente de sua embaixadora da Argentina, a ministra das Relações Exteriores de Javier Milei, Diana Mondino, chamou a crise diplomática entre os países de “anedota”.

“Neste momento esta é uma anedota que temos com a Espanha”, disse Mondino quando questionada sobre o conflito, em um congresso do Instituto Argentino de Executivos de Finanças nesta terça-feira (21).

Para a chanceler argentina, a recente crise “é um caso bastante particular” já que segundo ela, “a relação pessoal que pode ou não haver entre os líderes de um país não pode nem deve afetar a relação entre as sociedades, a comunidade”.

Mondino definiu a importância da Espanha para a Argentina como “monumental”, mas disse que é uma questão “interna” e “política”. “Do ponto de vista das relações exteriores (…) não deve ser algo que afete os próximos 20 ou 30 anos”, disse.

A chanceler revelou que se surpreendeu com a decisão do país europeu de retirar definitivamente sua embaixadora, María Jesús Alonso Jiménez, de Buenos Aires.

A decisão do governo espanhol veio após Milei ter chamado, no último domingo (19), a esposa do primeiro-ministro Pedro Sánchez de “corrupta”. Begoña Gómez está sendo investigada por suposto tráfico de influências em processos de licitação.

A Espanha exigiu desculpas públicas de Milei, mas a Casa Rosada disse que não se desculparia, e que representantes do país europeu é quem deveriam de retratar por insultos feitos ao presidente argentino.

No começo de maio, o ministro espanhol dos Transportes insinuou que o presidente argentino teria ingerido drogas durante a campanha presidencial. O presidente argentino também lembrou, em diferentes entrevistas, que Sánchez apoiou o ex-candidato Sergio Massa nas eleições presidenciais e que não ligou para Milei para parabenizá-lo pela vitória.

Milei qualificou a decisão espanhola de retirar permanentemente sua embaixadora na Argentina de “um disparate típico de um socialista” e disse que Sánchez tem “complexo de inferioridade” em relação a ele.

O presidente argentino argumenta também que foi agredido por funcionários espanhóis desde a campanha.

A Casa Rosada diz não pretender, no entanto, retirar seu embaixador de Madri.

CNN

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