Copom define hoje nova taxa de juros; expectativa é de que BC acelere ritmo de alta da Selic
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central define nesta quarta-feira (11) a nova taxa de juros da economia brasileira. Na mesma linha prevista pelo mercado, economistas ouvidos pelo R7 avaliam que a última reunião do ano do colegiado deve terminar com a decisão de aumentar o ritmo de ajustes. A piora das expectativas inflacionárias, a desvalorização do real e o cenário fiscal desafiador apontam para uma alta da Selic de 0,75 ponto percentual, chegando a 12% ao ano. No entanto, um aumento ainda maior, de 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano, não está descartado.
A noticia é de LARISSA LEMGRUBER. Caso ocorra, esta será a terceira alta consecutiva desde setembro, e a maior desde março de 2022, quando o Copom aumentou a Selic em 1 ponto percentual.
O economista Hugo Garbe, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, afirma que a inflação acima da meta e o cenário fiscal desafiador podem ser determinantes para a decisão do Copom de aumentar a Selic novamente.
O professor César Bergo, presidente do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal, acredita que questões como o pacote fiscal apresentado pelo governo e a indefinição sobre a reforma tributária pesam “bastante” para o BC.
A reunião desta quarta é a última com Roberto Campos Neto à frente do Banco Central. O economista Gabriel Galípolo vai comandar a instituição a partir de 2025.
César Bergo explica que a perspectiva para o próximo ano é “preocupante” em função dos fatores fiscais e externos, com a posse de Donald Trump nos Estados Unidos.
“Essa restrição monetária vai continuar nos próximos encontros inclusive sob o comando de Galípolo. Vamos aguardar os próximos passos, mas a tendência é que o Banco Central mantenha um alerta e deva realmente agir com maior restrição”, afirma.
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