O Google lançou nesta quarta-feira (6) o Gemini, o seu mais ambicioso projeto para competir no campo de rápido crescimento da inteligência artificial (IA) generativa.
A notícia é da CNN Brasil. A plataforma foi projetada para competir com modelos como o GPT, da OpenAI, e turbinar tudo, desde os aplicativos do Google até os smartphones Android.
As ambições do Google se refletiram no anúncio do lançamento, que apresentou o Gemini como o “maior e mais capaz modelo de IA” da empresa. A companhia ainda declarou uma “era Gemini”, que prevê que o modelo da gigante da tecnologia seja usado em todos os ambientes, desde grandes empresas até dispositivos de consumo, como o Google Pixel 8 Pro.
Ao contrário dos modelos de IA existentes, que normalmente lidam com apenas um tipo de solicitação, como exclusivamente imagens ou texto, o Gemini foi criado para ser “multimodal”, disse o Google.
Isso significa que ele aceita vários tipos de mídia, combinando texto, imagens, áudio, vídeo e código de programação.
“Essa nova era de modelos representa um dos maiores esforços de ciência e engenharia que empreendemos como empresa”, disse o CEO do Google, Sundar Pichai.
O chatbot de IA do Google, Bard, também foi atualizado com uma versão do modelo Gemini. A empresa ainda disse que tem planos de adicionar o Gemini a produtos amplamente utilizados, incluindo o mecanismo de pesquisa do Google e o navegador Chrome.
O anúncio marca uma tentativa de recuperar a iniciativa depois que o Google e outros gigantes da tecnologia foram aparentemente pegos de surpresa há um ano com o lançamento repentino e massivamente popular do ChatGPT da OpenAI.
A novidade deu início a uma corrida em todo o setor para acelerar as ferramentas de IA generativa e um debate global sobre os riscos e benefícios da IA.
Ele também representa um esforço para levar a IA generativa até os limites mais distantes do império do Google. A empresa disse que o Gemini 1.0 vem em três tamanhos diferentes:
Nano: otimizado para dispositivos móveis e desenvolvedores de aplicativos;
Pro: modelo padrão projetado para uma ampla gama de tarefas e clientes;
Ultra: segmento mais sofisticado que o Google diz já ter construído e que ainda está passando por testes de segurança.
O lançamento também foi projetado para mostrar os avanços do Google na computação em nuvem, um recurso essencial para os desenvolvedores de IA.
A empresa disse que treinou o Gemini usando uma nova geração de poderosos processadores baseados em nuvem que podem ensinar coletivamente grandes modelos de IA quase três vezes mais rápido do que a versão anterior.
Essa tecnologia, que também será disponibilizada para os clientes de nuvem do Google, pode significar um impulso significativo para o setor de IA mais amplo, tornando o treinamento de IA mais acessível e reforçando a posição de terceiro lugar do Google no mercado de serviços de nuvem pública.
Mas não está claro como os chips de IA do Google se comparam aos dos principais fabricantes de chips, como a Nvidia.
Em seus testes, o Gemini superou os modelos de IA rivais em mais de duas dúzias de referências usadas por pesquisadores de IA para avaliar a compreensão de leitura, a capacidade matemática e as habilidades de raciocínio em várias etapas de um algoritmo, disse a empresa.
“Nós o vemos estabelecendo novos tipos de fronteiras em todos os setores”, disse Eli Collins, vice-presidente de produtos do Google DeepMind, a jornalistas em uma teleconferência na terça-feira (5).
Mas ele pareceu reconhecer o risco contínuo de os modelos de IA fornecerem resultados enganosos aos usuários, aludindo às preocupações de grupos da sociedade civil, legisladores e pesquisadores.
Em reconhecimento a esses riscos, o Google disse que o Gemini Ultra, sua versão mais avançada do modelo, só será lançado gradualmente para “clientes selecionados, desenvolvedores, parceiros e especialistas em segurança e responsabilidade para experimentação e feedback iniciais antes de ser lançado para desenvolvedores e clientes corporativos no início do próximo ano”.
O Gemini Ultra está atualmente passando por avaliações de segurança de terceiros, também conhecidas como red-teaming, de acordo com um compromisso assumido com o governo dos Estados Unidos.
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