Guerra: Zelensky critica Otan por não implementar zona de exclusão aérea na Ucrânia
Em uma publicação nas redes sociais nesta sexta-feira (4), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, condenou a decisão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de descartar a implementação de uma zona de exclusão aérea sobre o país. “A Otan decidiu deliberadamente não cobrir os céus da Ucrânia”, disse.
“Acreditamos que os países da Otan criaram uma narrativa de que fechar os céus sobre a Ucrânia provocaria a agressão direta da Rússia contra a Otan. Essa é uma auto-hipnose de quem é fraco, inseguro por dentro, apesar de possuir armas muitas vezes mais fortes do que nós temos”, continuou.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que atender ao pedido poderia significar uma guerra de direitos na Europa.
Resistência ucraniana
Mais cedo, comentando o cenário do nono dia de confrontos, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, afirmou que as ações dos ucranianos “pararam” o grande comboio militar russo em direção à Kiev.
“Temos relatos de que uma ponte que acreditamos estar no caminho para lá foi explodida. Também temos indicações de que os ucranianos atingiram o comboio em outros locais e em veículos”, disse Kirby.
“Acreditamos mesmo que as ações dos ucranianos paralisaram o comboio, certamente que o abrandaram, pararam-no em alguns locais”, acrescentou.
Incêndio em Zaporizhzhia
O presidente Volodymyr Zelensky acusou as forças russas de atacarem intencionalmente a usina nuclear de Zaporizhzhia e pediu aos líderes mundiais que detenham as forças russas “antes que isso se torne um desastre nuclear”.
Os russos, por outro lado, acusam “sabotadores” ucranianos de serem os responsáveis pelo incêndio, um ato de “monstruosa provocação”, disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.
Logo após a confirmação da ocorrência, havia o temor de que o fogo provocasse um vazamento de material radioativo, o que não foi reportado. Em 1986, a Ucrânia viveu o catastrófico acidente nuclear ocorrido na usina de Chernobyl.
O porta-voz da usina de Zaporizhzhia, Andrii Tuz, afirmou que a central não sofreu nenhum dano crítico, embora apenas uma entre as seis unidades de geração de energia esteja operando.
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