Investigação sobre infecção de 15 pessoas em mutirão de cirurgias de catarata vai analisar água, centro cirúrgico e esterilização
A investigação sobre a infecção que atingiu 15 pacientes de um mutirão de cirurgias de catarata, levando à remoção de globos oculares de pelo menos oito deles, analisará a água usada no hospital, o centro cirúrgico, a esterilização dos equipamentos e outros fatores de contaminação. As análises serão feitas pelo Laboratório Central do Rio Grande do Norte, conforme solicitado pela Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária (Suvisa), que já realizou vistoria técnica e continua coletando informações.
O mutirão ocorreu nos dias 27 e 28 de setembro, na Maternidade Dr. Graciliano Lordão, em Parelhas, atendendo 48 pacientes, dos quais 15 desenvolveram endoftalmite, causada pela bactéria Enterobacter cloacae. A Prefeitura de Parelhas notificou formalmente a empresa Oculare Oftalmologia Avançada, responsável pelas cirurgias, exigindo esclarecimentos, e instaurou um inquérito para investigar as circunstâncias.
Segundo o secretário de Saúde de Parelhas, Tiago Tibério dos Santos, oito pacientes precisaram remover o globo ocular, quatro fizeram vitrectomia e três continuam em acompanhamento. A Prefeitura afirmou que está arcando com todos os atendimentos médicos, consultas e suporte psicológico necessários aos pacientes.
Uma das pacientes, Izabel Maria dos Santos Souza, de 63 anos, passou por evisceração ocular e segue internada. Outra paciente de mais de 80 anos também teve complicações e precisou de atendimento em Natal.
A empresa Oculare alegou que seguiu todos os protocolos médicos e de segurança e que reavaliou os pacientes assim que as complicações foram relatadas, tomando as medidas necessárias para o tratamento imediato.
A Polícia Civil informou que não possui registros de ocorrências sobre o caso, e a Vigilância Sanitária continua investigando as causas das infecções. A informação é do G1.
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