A Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou, nesta quarta-feira (14), entrevista semanal à imprensa. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, afirmou que já é possível enxergar o fim da pandemia de Covid-19, mas que ela ainda não terminou.
“Na semana passada, o número de mortes semanais relatadas por Covid-19 foi o menor desde março de 2020. Nunca estivemos em melhor posição para acabar com a pandemia. Ainda não chegamos lá, mas o fim está à vista. Um maratonista não para quando a linha de chegada aparece. Ela corre mais forte, com toda a energia que lhe resta. Nós também devemos. Podemos ver a linha de chegada. Estamos em uma posição vencedora. Mas agora é o pior momento para parar de correr”, disse o diretor-geral.
Globalmente, o número de novos casos semanais diminuiu 28% durante a semana de 5 a 11 de setembro de 2022, em comparação com a semana anterior, com mais de 3,1 milhões de novos casos relatados. O número de novas mortes semanais diminuiu 22% em comparação com a semana anterior, com pouco menos de 11 mil mortes relatadas. Até o dia 11 de setembro, mais de 605 milhões de casos foram confirmados e mais de 6,4 milhões de mortes foram relatados globalmente, de acordo com o mais recente boletim epidemiológico da OMS, divulgado nesta quarta-feira.
Nesta quarta-feira, a OMS lança seis breves resumos de políticas que descrevem as principais ações recomendadas aos países para o fim da pandemia.
“É um resumo, com base nas evidências e na experiência dos últimos 32 meses, do que funciona melhor para salvar vidas, proteger os sistemas de saúde e evitar perturbações sociais e econômicas. Esses resumos de políticas são um apelo urgente para que os governos analisem suas políticas e as fortaleçam para a Covid-19 e futuros patógenos com potencial pandêmico”, disse Adhanom.
O diretor-geral da OMS fez um apelo aos países pelo investimento na vacinação de 100% dos grupos de maior risco, incluindo profissionais de saúde e idosos, como a maior prioridade no caminho para 70% de cobertura vacinal.
Além disso, recomendou que sejam mantidos testes e sequenciamento do vírus SARS-CoV-2 e integração dos serviços de vigilância e testagem aos de outras doenças respiratórias, incluindo influenza.
Adhanom abordou a importância de sistemas de saúde aptos a oferecer os cuidados adequados aos pacientes e que o tratamento da Covid-19 deve fazer parte dos serviços de atenção primária à saúde.
“Planeje-se para os surtos de casos e certifique-se de ter os suprimentos, equipamentos e profissionais de saúde necessários. Mantenha as precauções de prevenção e controle de infecções para proteger os profissionais de saúde e pacientes não Covid nas unidades de saúde”, disse.
Emergência global
Mais de 2 anos desde que os casos foram relatados pela primeira vez, a pandemia de Covid-19 continua sendo uma emergência global aguda, segundo a OMS. Muitos governos enfrentam incertezas sobre o que priorizar em um momento em que a pandemia parece estar em transição, mas quando o risco de surgimento de novas variantes e surtos futuros permanece real.
A OMS atualizou o plano global de resposta à doença com o objetivo de auxiliar os esforços nacionais e globais para acabar com a emergência do em todo o mundo. Foram definidos delineou dois objetivos estratégicos. Primeiro, reduzir a circulação do vírus protegendo os indivíduos, especialmente os vulneráveis em risco de doença grave ou exposição ocupacional ao vírus. Em segundo lugar, prevenir, diagnosticar e tratar a doença para reduzir mortes e consequências a longo prazo.
Segundo notícia publicada pela CNN Brasil, para fornecer abordagens alcançáveis para atingir esses objetivos, a OMS produziu seis breves resumos de políticas baseados em orientações técnicas publicadas anteriormente. Eles descrevem ações essenciais que os formuladores de políticas nacionais e subnacionais podem implementar.
As ações incluem:
Testes de Covid-19; Manejo Clínico da Covid-19; Alcançar as metas de vacinação; Manter medidas de prevenção e controle de infecção em estabelecimentos de saúde; Construir confiança por meio da comunicação de riscos e do envolvimento da comunidade; e Gerenciar a infodemia sobre a doença.
Foto: DENIS BALIBOUSE / REUTERS.
Deixe o seu comentário
O seu endereço de email não será publicado