Juiz determina que influencer apague vídeo em que acusa servidora de fraudar cotas
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) determinou que o influenciador digital Adalberto Neto e o Facebook apaguem vídeo no qual uma servidora aprovada em concurso público é acusada de ter fraudado o sistema de cotas raciais.
No vídeo divulgado nas redes, Adalberto diz que “Ela [Noemia] nunca vai saber o que é se apaixonar por vários rapazes e todos, todos sem exceção tratarem ela como a amigona. Ela nunca vai sofrer o constrangimento de ouvir de um porteiro que ela deve subir pelo elevador de serviços. Ela nunca vai viver a solidão de chegar em uma loja de grife bem bacana e nenhuma vendedora ir atendê-la”.
Em seu despacho, o juiz substituto Matheus Stamillo Santarelli Zuliani, afirmou que não existe qualquer prova de que houve fraude, e que “a aprovação da candidata se deu através de procedimento regular previsto no edital do certame”, determinando a exclusão do vídeo do Instagram.
Após declarar que foi alvo de mensagens de ódio, a servidora interpôs novo pedido de liminar para que Adalberto fosse proibido de “postar, repostar, mencionar, citar, comentar ou fazer alusão em qualquer rede social, entrevista e afins”, sobre o caso ou a autora, para que cesse a “proporção humilhante e ilegal que o caso tomou”, com fixação de multa diária de R$ 5 mil.
Deixe o seu comentário
O seu endereço de email não será publicado