Servidor afastado da Procuradoria-Geral da República (PGR) por suspeita de ser “elo financeiro” entre as facções Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV), Wagner Vinicius de Oliveira Miranda é apontado por autoridades do Distrito Federal como o responsável pela invasão de uma área pública no Lago Sul.
A Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal), a 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) e a Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema/Cepema) deflagraram, nessa quinta-feira (30/5), operação para retirada de um contêiner instalado de maneira ilegal no Setor de Mansões Dom Bosco. Esta foi a terceira ação no endereço.
Segundo informações da Secretaria DF Legal, a área é de propriedade da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap). Miranda chegou a acionar a Justiça para se resguardar como posseiro do lote e processou o condomínio instalado na região, mas, por se tratar de propriedade pública, a Terracap sequer foi citada no processo.
Conforme enfatizou a DF Legal, o terreno no qual Miranda instalou o contêiner é “de grande importância ambiental, contendo mata nativa que deve se manter preservada”.
A pasta informou que, além da apreensão do contêiner de Miranda, a ação dessa quinta-feira resultou na abertura de mais um inquérito contra Wagner, desta vez por dano ao patrimônio e parcelamento irregular do solo.
Quem é
Miranda trabalha no Ministério Público Federal (MPF) e recebe salário de R$ 21 mil. Ele atuava como analista processual na PGR até ser afastado pelo prazo de um mês por ordem da Justiça, no último dia 5 de maio.
Em 2005 e 2006, Miranda foi servidor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Brasília e no Mato Grosso. Nesse período, atuou em um Grupo de Operações Especiais contra o tráfico de drogas, contrabando e desvio de mercadorias.
Segundo a Polícia Federal (PF), uma conta bancária de Wagner Miranda foi usada para o pagamento de armas e drogas por criminosos no Paraguai.
Ainda de acordo com a PF, o nome de Miranda foi citado na análise de dados de Angel Antonio Flecha Barrios, apontado como responsável por repassar armas ilegais da Europa para o PCC e o CV.
A coluna não conseguiu contato com Miranda. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.
Com informações do Metrópoles.
Deixe o seu comentário
O seu endereço de email não será publicado