Terror a Luz do Dia: Bandidagem ataque população e enfrenta forças de segurança do RN

Ao que parece, a situação degringolou (mais uma vez) no Rio Grande do Norte. Nos últimos dias, a população tem assistido impressionada crimes em plena luz do dia, em regiões ou avenidas de grande movimento de Natal e região metropolitana. E diferente do que aconteceu em março, não se trata de ataques de facções criminosas, mas sim de crimes contra o patrimônio ou até contra a vida, praticado por bandidos que parecem não ter medo do Estado e das Força de Segurança local (e Nacional).

O ponto alto dessa situação, até agora, foi o assassinato ocorrido na Avenida Prudente de Morais, no cruzamento com a Apodi, por volta das 9h da manhã. Um homem fez uma mulher refém numa academia, atirou contra um sujeito que tentou defendê-la e ainda saiu em disparada atirando contra a polícia na zona Leste de Natal. Passou, inclusive, na lateral do Quartel da Polícia Militar e em frente ao Hospital da PM. Veja o detalhamento desse episódio, feito por Bruno Giovanni no Meio Dia RN, nesta quarta-feira (24): 

O balanço dessa ocorrência, até agora, é uma vítima morta, uma refém liberada e nenhum suspeito preso. 

Esse, porém, não é nem o primeiro caso de repercussão que acontece na Prudente de Morais nesta semana. Na segunda-feira (22), a população natalense viu e compartilhou assustada o caso de uma mulher que teve o carro roubado também em plena luz do dia. O bandido não se preocupou com as câmeras de segurança do local onde roubou o veículo e nem com o movimento da rua. Inclusive, chegou a apontar sua arma para outros veículos que passavam pelo local. 

Também não foi a única perseguição com troca de tiros que assustou a população de Natal. Na terça (23), também teve uma intensa perseguição policial nas avenidas Jaguarari e Capitão Mor-Gouveia, com direito a troca de tiros no meio da rua e, pelo menos nesse caso, um suspeito foi preso. 

No mesmo dia, porém, teve outro caso absurdo ocorrido em frente a um condomínio em Nova Parnamirim. Um homem chegou numa moto, fez um arrastão as pessoas que estavam no local, esperando o Uber ou o ônibus, e chegou a apontar uma arma para a cabeça de uma criança. Depois, foi embora e teve como, aparentemente única ameaça, um veículo que passou na hora e o condutor tentou jogar o carro contra ele, talvez já revoltado com a onda de criminalidade que toma conta da região metropolitana nos últimos dias. 

Além desses casos, houve também nos últimos dias alguns crimes contra motoristas de transporte por aplicativo que ensejaram até a inclusão da pauta "segurança" na paralisação feita pela categoria na semana passada. Diariamente, inclusive, o programa Metendo a Colher recebe relatos de motoristas com medo de ir as ruas por conta dos casos que ficaram sabendo de assalto ou até assassinato contra colegas. 

Sem contar no sargento da reserva da Polícia Militar, assassinado na sexta-feira (19), também durante o dia, por mais de 10 homens armados no bairro de Felipe Camarão, zona Oeste de Natal. 

Veja outros casos que acabaram sendo destaque nos últimos dias (e é porque a redação da 96 FM não consegue publicar tudo o que chega): 

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POSSÍVEIS CAUSAS DO AUMENTO DA CRIMINALIDADE

A 96 FM procurou as assessorias de comunicação da Polícia Militar e da Secretaria Estadual de Segurança Pública, para manifestações sobre esses casos chocantes, contudo, não houve resposta até o momento. Os comentaristas da emissora, no entanto, apontam possíveis causas para esse aparente aumento na onda de crimes. 

"Devido ao alto valor gasto durante os ataques de março com diárias operacionais, o governo mandou suspender em pelo menos dois terços o pagamento das diárias operacionais a partir de maio. Os batalhões de área que dispunham de 600 diárias operacionais por mês, agora só podem usar 200. O policiamento convencional não consegue realizar policiamento preventivo nas avenidas, em locais de grande de concentração de pessoas, nem em zonas residências e comerciais. Isso porque a demanda de ocorrências diversas drena a capacidade de policiamento com o efetivo normal. Ocorrências como Maria da Penha, som alto e encontro de cadáver imobiliza por horas as guarnições da polícia militar", citou Gustavo Negreiros. 

Vale lembrar que, além disso, nas últimas semanas, mais de 140 presos progrediram para o sistema semiaberto e foram liberados sem colocar as tornozeleiras eletrônicas, porque o Estado deve a empresa responsável por fornecer o equipamento para a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SEAP). 

"Eu sinto falta de uma enérgica da Força Nacional, por parte até do próprio comando. A gente vê a Lei Seca dando com força nas ruas, mas sentimos falta de uma ação mais efetiva desses profissionais, porque eles não são qualquer policiais", afirmou Sérgio Costa no Metendo a Colher desta quarta-feira (23), ao comentar opiniões de ouvintes revoltados com a questão de insegurança, mesmo com a continuidade da Força Nacional no RN. 

"Os ataques pararam depois que a Força Nacional chegou. Agora, a criminalidade tem sido impressionante. Todo dia, são dois ou três casos graves. Não parece ter tido qualquer tipo de redução", acrescentou Silvio Henrique.