Unidades socioeducativas da Fundase/RN recebem primeiras oficinas do Programa Arte e Cidadania

21 de Maio 2023 - 08h10

As primeiras oficinas do Programa Arte e Cidadania da Fundase/RN começaram nesta semana, dia 16 de maio, nas unidades socioeducativas de semiliberdade feminina Casemi Santa Catarina e provisória masculina Casep Metropolitano, ambas em Natal. Serão dois encontros por semana durante cinco meses.

O professor Reinaldo Sales, conhecido como Cipó, é responsável por aulas de Música Afro-Brasileira, na unidade feminina, que está atualmente com duas adolescentes. Ele é capoeirista, graduado em Gestão Desportiva e de Lazer, pelo IFRN, com especialização em Elaboração de Programas e Projetos de Esporte e Lazer na Escola, e já teve experiências com aulas na socioeducação.

“Nessa primeira semana estou buscando entender como funciona a unidade e o gosto das adolescentes pra definir se serão aulas mais sistemáticas ou vivências. O momento inicial foi de apresentação, falei sobre a influência africana no Brasil, capoeira, samba, swingueira. Vou trazer instrumentos, cantar. Pretendo introduzir percussão, pandeiro. Hoje foi a palma.”, contou.

As adolescentes logo se conectaram com o tema e uma delas trocou experiências com o professor, por conhecer a capoeira. “Ele faz parte de um movimento que eu fazia antes, desde os 5 anos de idade, a capoeira”, disse ela, que está com 15. “Achei maravilhoso”.

“Achei muito legal, porque eu nunca tive uma atividade assim”, avaliou a outra adolescente atendida pela unidade, ao lembrar que abandonou a escola há cinco anos e vai voltar a partir de agora.

O Programa Arte e Cidadania contempla as áreas de artes cênicas: teatro; música (violão e percussão; artes visuais (pintura em tela e escultura em argila) dança: hip hop; arte urbana: grafite; artesanato: papéis reciclados; diversidade cultural: capoeira – música afro-brasileira.

A pedagoga Ariadna Medeiros, tem pós-graduação em Dança pela UFRN e está levando o Hip Hop para o Casep Metropolitano, onde está com cinco alunos em uma turma. Ela acredita que a socioeducação é “um ambiente para colher frutos e desenvolver futuros”.

“A oficina de hip hop foi um momento de descontração e busca de confiança por entre os adolescentes. No primeiro dia tivemos as apresentações e diálogos sobre o que é o hip hop, desdobramentos sobre o corpo que dança o hip hop e como entendemos a estrutura ao nosso redor, mediante a cultura hip hop. Os atendidos se sentiram felizes pela partilha e pelo momento da dança e em contato com a professora”, avaliou.

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