No noticiário internacional, não se fala em outra coisa além da acusação feita pelo site israelense Honest Reporting na quarta-feira (8), que chamou jornalistas da Faixa de Gaza de "cumplices" do grupo terrorista Hamas.
A acusação tem como base o fato de que eles saberiam, com antecedência, dos atentados do Hamas contra Israel por terem acompanhado os ataques de 7 de outubro. Em resposta, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, afirmou que os profissionais "foram cúmplices de crimes contra a humanidade".
"A Diretoria Nacional de Diplomacia Pública no Gabinete do Primeiro-Ministro vê com extrema gravidade que fotojornalistas que trabalham com mídia internacional se uniram para cobrir os atos brutais de assassinato perpetrados por terroristas do Hamas", afirmou o escritório, em nota divulgada nesta quinta-feira (9). "Esses jornalistas foram cúmplices de crimes contra a humanidade; suas ações foram contrárias à ética profissional."
O gabinete afirmou ainda que notificou os chefes de redação de organizações de mídia para pedir esclarecimentos sobre o assunto. O Honest Reporting, veículo que monitora a imprensa para combater o que chama de "preconceito anti-Israel", cita no texto profissionais que seriam colaboradores das agências Associated Press e Reuters, do jornal The New York Times e da emissora CNN. Segundo o site, os jornalistas tiraram fotos de sequestros, dos tanques israelenses na fronteira e da invasão de comunidades no sul do país.
RECRUTAMENTO NO BRASIL
Enquanto isso, aqui no Brasil, um dos suspeitos ouvidos pela Polícia Federal na operação que investiga o planejamento de ataques terroristas contra judeus no Brasil teve encontros com um dos “chefes” do Hezbollah durante uma viagem ao Líbano.
A organização tentava recrutá-lo, conforme revelou a CNN Brasil em reportagem. Durante as conversas em Beirute, o “chefe” teria questionado se ele havia sido informado no Brasil qual seria o trabalho, que “não era uma atividade limpa” e que “a gente precisava ser capaz de matar e sequestrar”.
Ainda segundo o depoimento, o suspeito respondeu que não era capaz de praticar esses atos. Alvo de busca e apreensão na operação da PF, o brasileiro descreve o modus operandi da organização para tentar recrutar novos membros.
Ele conta que recebeu dinheiro de um contato no bairro Brás em São Paulo para viajar a Beirute, que as orientações para a viagem vinham por WhatsApp de um celular paraguaio e que ficou em dois hotéis na capital libanesa com tudo pago pelos criminosos.
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