Globo irreconhecível; os prejuízos de trocas impensadas de treinadores

Quem viu ABC 4 x 2 Globo, na largada do Estadual não vai acreditar que seja praticamente o mesmo time de Ceará-Mirim, esse que perdeu neta quarta-feira, em seu estádio, de 4 a 0 para o mesmo ABC. Á diferença, acredito agora piamente, está nas trocas de treinador.

O Globo de Hugo Chacon tinha boa saída de bola, definição tática, um esquema inteligente com um volante e três meias, dois atacantes. Três que, um deles, o Anderson, também era atacante de beirada e na recomposição, um pacote de cinco, muitas vezes seis na frente de sua defesa.

Esse, a defesa, o problema. O Globo assustou o poderoso ABC, se insinuou, mas as bolas paradas, os erros, primários dos defensores Mael e Victor Souza definiram aquele placar. Na segunda rodada venceu a durísima retranca do Força e Luz, 2 a 1; Depois disso, o Águia arrancaria um empate de 0 a 0, jogando muito melhor na casa do Portiguar em balado; perderia para o América, 2 a 0, nos detalhes e nas falhas, de novo, de sua defensiva; na quinta rodada, uma das melhores partidas do campeonato, 3 a 3 diante do Santa Cruz, de novo com falhas absurdas de sua defesa. Veio o fatídico jogo contr ao ASSU, a equipe martelou, criou várias chances, poderia ter goleado, mas foi castigado e perdeu de 1 a 0.

Hugo Chacon entregou o cargo, diz Marcone Barreto, mas talvez o jovem treinador já não suportasse as cobranças cegas. Na última partida, 0 a 0, normal em Currais Novos. Seis pontos somados pela equipe que, na minha avaliação, esteve entre as de melhor futebol apresentado.

A equipe dos jogos da Copa do Nordeste, dois empates, três derrotas, duas de goleada, uma vitória magra, e agora a derrota vergonhosa para o ABC,  4 a 0, não tem nada a ver com o Globo organizado que, acreditava eu, viria, de novo para brigar pelo título do Estadual. O jeito de jogar hoje contra o ABC foi de envergonhar.

ES