O Flamengo nem jogou tanto, mas venceu de virada, sem sustos

08 de Setembro 2022 - 00h11

Tenho verdadeira ojeriza por treinador que muda time que está gannahdo ou que inventa de priozar competição escalando 'times alternativos'. Futebol é liga, entrosamento, jogar junto, repetição e muito treinamento. O resto, o talento resolve, claro, se tiver.

Esse arrodeio todo para falar do Flamengo. Que caiu muito de rendimento, foi o que vi, mesmo com a vitória tranquila, de virada, sobre o Vélez de 2 a 1, jogo da volta da semifinal da Liberta, nesta noite de quarta-feira, no Maraca. Não duvido que já não seja o muda-muda interferindo.

Os caras comentando não falaram. Primeiro problema do Fla no jogo: a ausência de David Luís, principalmente. Ponto pacífico. Outra, o Thiago Maia. Não o acho um excelente jogador, mas sua função fez falta.

Explico: João Gomes, cracaço de bola, para mim o melhor em campo, é desarme e construção, mas é segundo volante. O chileno não é, me desculpem, nem uma coisa nem outra. Ele só aquieta a bola. Marcar que é bom fechar espaço que é bom, nada disso ele fez no tempo certo. Não tem mais pique. Ninguém da mídia vai dizer isso, eu sim. 

O Flamengo tinha dois zagueiros inseguros e na frente deles dois volantes, um de muita saída e outro de recomposição nenhuma. O Vélez atraía Arrascaeta e Everton Ribeiro,  e fazia seu jogo no espaço entre os quatro - Vidal, João Gomes, Arrasca e Everton Ribeiro. Os claros na saída, meio-campo e na chegada na área de zagueiros que não saiam compactando.

Pedro e Cebola, lembrando, lá na frente, nada faziam para dificultar essa primeira saída. Por isso o Vélez chegava com certa facilidade. Ainda bem que é um time fraco mesmo.

Veio o gol dos argentinos, mas, evidente, entra em cena a compensação do talento e da grande vantagem construída lá que, mesmo tomando o gol, não pressiona. E veio, ainda no primeiro tempo, o gol de Pedro em lindo passe de Everton Ribeiro.

No segundo tempo, o Flamengo conserta esse erro claro de marcação e melhora mais ainda quando entra o Pulgar no lugar do Vidal. Dorival deve ter visto os buracos. Muitas vezes o cara nem é tão bom jogador, mas sua função é vital. O time que desfila muitos craques se torna autoonfiante demais e comete descuidos, em alguns jogos, fatais. Não era o caso desse duelo.

O segundo gol foi de Marinho. Roubada de bola do João, passe do Pedro. O ex-santista entrou e marcou um belo gol, mas, de resto só atrapalhou. Anulou as outras boas jogadas de ataque errando passes ou não fazendo a opção óbvia. Um jogador que não tem a mínima condição de estar neste elenco, assim como o Cebolinha. Contratações para jogar dinheiro fora. Espero, num futuro próximo, não dizer isso do Vidal.

E Rodinei? O coro da galera diz tudo. É absurdo, é impensável, é fora de propósito pensar nele para a seleção de Tite? Claro que não. Seleção é fase, portanto, nenhum ala brasileiro está jogando mais que ele. E fim de papo. Parece brincadeira essa minha afirmação, mas falo sério.

E o Pedro? Iluminado, convocado, e, muito provavelmente, na Copa. Eu levava também o João Gomes. Esse menino joga demais. Infelizmente na posição dele tem um monte e tudo atuando na Europa.

E tem a máxiam do Parreira, que dizia ou diz,  que ele para ser convocado precisava atuar no Velho Mundo. Os três que citei não teriam chance por isso. Coisas absurdas.

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