O pior jogo do ABC sob o comando do Allan Aal

20 de julho 2023 - 22h15

O jogo do ABC foi ridículo. O adiantado da hora, o fato de ter ficado na Arena das Dunas até aproximadamente uma hora da manhã da quinta-feira, o deslocamento e nosso Prorrogação aqui da rádio, claro, foram motivos para que eu não escrevesse sobre a partida, amanheceria o dia aqui na redação, mas confesso que, o que pesou mais mesmo foi a falta de motivação para falar da partida em que o alvinegro teve sua pior atuação na Série B deste Brasileiro. A derrota de 1 a 0 para o Guarani poderia ter sido mais elástica, é que para a sorte do treinador e de nosso representante é que o placar de 1 a 0 na casa do adversário é considerado goleada pelos treineiros do Brasil.

O ABC esteve tão perdido no segundo tempo, a partir das mudanças, esdrúxulas, inexplicáveis que o Allan Aal fez que, se continua forçando, bem armado e jogando igual ao primeiro tempo e início de segundo, o Bugre teria goleado em plena Arena, essa é a realidade. Acredito até que as coisas podem mudar, nós mudamos de opinião, evidente, se o time voltar a jogar bem e reagir, mas, confesso, estou descrente que, sob a mesma direção técnico, isso ainda possa acontecer. Detesto falar em troca de treinador, mas esse seria a alternativa mais viável para um "último suspiro", aproveitando a virada do turno. O ABC tem um plantel com alguns bons jogadores e a mudança de comando poderia, quem sabe, surtir efeito.

O ABC não fez um mal primeiro tempo. Tá certo, o Guarani foi melhor. Mas mesmo ainda na etapa inicial o Aal já poderia ter enxergado o óbvio. O Louser mantinha os dois zagueiros atrás, claro, abria o lateral direito como única opção de saída, era uma isca. E tinha o Matheus Bueno centralizado, volante de saída. Seis jogadores adiantados sobre a linha defensiva do ABC, de quatro, porque os dois volantes do ABC, na frente da defesa e dos bugrinos, e alinhavam sem função. Bueno para Diogo Matheus de volta para o Bueno e tome bola nas costas dos volantes ou mesmo ligação direta dos, normalmente, dois contra um, três contra dois que sempre, mais jogadores paulistas, o gerava jogadas de perigo. 

O simples a fazer: adiantar os volantes, a defesa sair de trás e um dos jogadores de meio tirar o espaço do Bueno. Bastava isso. O Guarani não jogaria mais. O que fazia o ABC? Matheus aberto na esquerda, Thonny Anderson adiantado, de costas para a defesa, Paulo Sérgio preso entre os zagueiros e o ABC lento na saída, não encontrava brechas na recomposição rápida do time paulista, mas ainda dava alguns sinais de criação quando Wallace ou Maheus trabalhavam. No mais, era os zagueiros potiguares trocando passes, Wallace, único lúcido, tentando encontar espaços e fazer o time jogar, mas não encontrava com quem pois seu companheiro de meio-campo, o Jean Patrick, é nulo nesse quesito. 

No segundo tempo, com as mudanças, pouca coisa a dizer. O ABC morreu, sucumbiu totalmente e tomou o gol. A partida daí, mais mudanças, desta vez de seis por meia dúzia, e o Guarani só controlou a partida, deixando o tempo passar. Com o time da casa perdido, se tivesse forçado, os visitantes teriam feito dois ou três gols a mais. Acreditar enquanto tiver chances, mas numa situação como essa fica praticamente impossível crer em uma reviravolta, ainda mais quando a direção não tem dinheiro para trazer reforços de qualidade e nem pode nem mesmo demitir o treinador, pois tem que pagar multa rescisória. No entanto, ainda insisto que essa seria a única atitude que ainda poderia fazer o clube reagir.

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