A CBF está decidida a romper de vez com a tradição: pela primeira vez na história, um treinador estrangeiro deve comandar a Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo. Mesmo com a resistência de ídolos como Rivaldo e Denílson, a cúpula da entidade trata Jorge Jesus como plano A para substituir Dorival Júnior — e Abel Ferreira, Mourinho e Ancelotti seguem no radar. A notícia é do repórter, Guilherme Xavier, da CNN Brasil.
O discurso de “brasilidade” defendido por ex-jogadores campeões do mundo parece ter pouco peso diante da urgência por resultados. Rivaldo chegou a afirmar que “a alma brasileira” faz diferença e que técnicos do país deveriam ter prioridade. Denílson, embora mais flexível, também preferiria um nome nacional, como Rogério Ceni.
Mas dentro da CBF, há um consenso: é hora de um "all-in". Ednaldo Rodrigues lidera a ofensiva por um nome de impacto internacional. Artur Jorge, que chegou a ser cogitado, perdeu espaço. Filipe Luís, o único brasileiro a ganhar força internamente, foi descartado por ainda estar no início da carreira como técnico.
Se confirmada, a escolha encerrará um tabu de quase 100 anos. Até hoje, só três estrangeiros treinaram a Seleção, nenhum em Copas do Mundo. A nova aposta deverá ser anunciada até julho, quando o Brasil encara Equador e Paraguai pelas Eliminatórias. E o comando da camisa mais pesada do futebol mundial, ao que tudo indica, falará português — com sotaque europeu.