O governo estadual montou um gabinete de crise para enfrentar a série de casos de infecção por bebidas alcoólicas adulteradas com metanol em São Paulo, nas últimas semanas. A medida foi anunciada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), nesta terça-feira (30), em coletiva realizada no Palácio dos Bandeirantes. Com informações do Metrópoles.
Segundo o governador, já foram registrados 22 casos até o momento — 17 suspeitos e 5 confirmados. Com relação às mortes, quatro são investigadas e uma confirmada para infecção por metanol.
Confira os números:
- 1 morte confirmada por metanol;
- 4 mortes sob investigação;
- 5 casos de intoxicação por metanol;
- 17 casos suspeitos de intoxicação por metanol;
As frentes de atuação do comitê de crise serão interdição de estabelecimentos que registraram ocorrências de suposta venda de bebidas adulteradas, abertura de canais de denúncias — incluindo o do Procon — e estruturação da rede de saúde para o atendimento de vítimas.
O secretário estadual da Saúde, Eleuses Paiva, afirmou que o tratamento varia de acordo com o estado do paciente, mas que as unidades de saúde do estado já contam com o “antídoto” para o metanol. Paiva também ressaltou a importância de procurar atendimento na aparição dos primeiros sintomas, como dor abdominal, náuseas e vômito, o que também contribui para o monitoramento dos casos.
Envolvimento do PCC
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) negou existir evidências que apontem a possibilidade de participação da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) nos casos de adulteração de bebidas alcóolicas por metanol em São Paulo.
“Tudo o que acontece agora em SP é PCC. Não tem evidência nenhuma de participação do crime organizado nisso”, afirmou Tarcísio.
Nessa segunda-feira (29/9), a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) havia relacionado os casos de intoxicação ao metanol importado ilegalmente pelo grupo criminoso para batizar combustíveis.