O Ministério da Justiça informou, em 17 de dezembro, ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que foi formalizado o pedido extradição do ex-deputado federal Alexandre Ramagem. A informação é do O Antagonista.
Segundo o documento, a solicitação foi encaminhada ao Ministério das Relações Exteriores, responsável pelos trâmites diplomáticos.
O texto também afirma que novas informações sobre o andamento do caso serão repassadas ao STF assim que estiverem disponíveis.
Ramagem foi condenado pelo STF a mais de 16 anos de prisão, pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Passaporte diplomático cancelado
A Câmara dos Deputados cancelou, na sexta-feira última, 19, os passaportes diplomáticos de Ramagem e do ex-deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
A medida é consequência da cassação do mandato dos parlamentares pela Mesa Diretora.
A decisão leva em conta decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), no caso de Ramagem, e o excesso de faltas do parlamentar filho do ex-presidente da República. A cassação ocorreu por ofício por determinação da Mesa Diretora.
“Pura covardia”
Alexandre Ramagem culpou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pela cassação de seu mandato.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o agora ex-parlamentar disse que seu mandato foi cassado “na canetada”, por “pura covardia” de Motta, a quem chamou de “joguete de ditador”, referindo-se ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
“O presidente da Câmara dos Deputados cassou o meu mandato na canetada, pela Mesa da casa, por pura covardia. Uma decisão que não respeitou os requerimentos da própria Câmara, nem a vontade do voto em plenário, muito menos obedeceu ao texto claro da Constituição. Para isso, o presidente da Câmara falou: ‘Fiz o que tive que fazer’. Infelizmente, as palavras de um boneco marionete nas mãos de um ministro do STF. Covardia é ter consciência do que é certo e não fazê-lo. Não consegue ter a coragem de defender, na forma da lei, a sua própria instituição e os mandatos do parlamento. É um presidente de Poder subordinado a um ministro de outro Poder.”