O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu nesta terça-feira (27) permissão para que o médico fisioterapeuta de Fernando Collor realize visitas pelo prazo de seis meses ao ex-presidente, que cumpre prisão domiciliar desde o dia 1º de maio, em Maceió (AL). A matéria é de Manoela Alcântara e Madu Toledo, do Metrópoles.
Collor foi condenado a 8 anos e 10 meses por corrupção e outros crimes investigados na Lava Jato. Ele chegou a ficar uma semana preso na ala especial do Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió. Porém, no início deste mês, Moraes concedeu prisão domiciliar humanitária ao ex-presidente, que tem 45 anos e realiza tratamento para a Doença e Parkinson há aproximadamente seis anos.
Até então, Collor só podia receber visitas de seus advogados, de sua equipe médica e de seus familiares. Entretanto, após a solicitação da defesa, foram concedidas visitas do fisioterapeuta Bruno Rafael Santana Alves, indicado pelos advogados, pelo período de seis meses.
O diagnóstico de Parkinson veio após Collor sofrer um mal-estar, em novembro de 2019, quando foi necessário um período de internação. Desde então, o ex-presidente faz uso de medicações controladas.
Os relatórios médicos de Collor, mantidos sob sigilo por decisão do próprio Moraes, apontam que, em três datas — duas em 2022 e uma em 2024 —, há “expressa referência sobre a continuidade do tratamento da doença de Parkinson e comorbidades derivadas”, incluindo ressonâncias magnéticas do crânio e a constatação de escala de sonolência no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Com a prisão domiciliar, ele tem que usar tornozeleira eletrônica. Moraes determinou, ainda, a suspensão do passaporte do ex-presidente para evitar que ele deixe o país.