A deputada federal e pré-candidata à Prefeitura do Natal, Natália Bonavides (PT), criticou a forma em que foram realizados os debates sobre o Plano Diretor. Conforme a parlamentar, em entrevista ao Jornal 96 na manhã desta terça-feira (28), houve a ausência de consultas públicas e debates com setores envolvidos.
Natália citou como exemplo a construção do novo mercado da Redinha e relatou que houve falta de diálogos com as pessoas que trabalhavam na região e ideias para sustentá-las, durante o período da paralisação das atividades no local.
"Infelizmente, os debates sobre as obras têm acontecido de forma antidemocrática. Há legislações que pedem a participação popular nessas discussões em determinados tipos de obras. E, em Natal, esse tipo de consulta tem sido ignorado. Como por exemplo, o mercado da Redinha. Muitas famílias se sustentaram por gerações. Quando você vai demolir ali, não é somente pegar o projeto do papel e botar no lugar. Há ali também uma economia existente", reclamou. "Não houve debate amplo com setores atingidos no Plano Diretor e muita gente trata como um 'Fla-Flu'", apontou.
Além do Plano Diretor, a deputada petista revelou que é favorável ao prosseguimento da engorda de Ponta Negra, com mais debates e ajustes a serem feitos no projeto, tendo em vista que já teve início com o enrocamento.
"Não há dúvidas que são necessárias intervenções em Ponta Negra. É uma situação que só vai se agravar a curto e médio prazo. A gente tem visto o que tem acontecido no Brasil devido às mudanças climáticas. O projeto já está em andamento e precisa de continuidade. Contudo, precisa de aperfeiçoamentos. As comunidades costeiras vão ficar sem trabalhar e como vão sobreviver se a fauna marinha for alterada?", questionou.