Após uma manhã de depoimentos de testemunhas do processo que apura uma suposta tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder após a derrota nas eleições de 2022, as audiências no Supremo Tribunal Federal (STF) foram retomadas na tarde desta terça-feira (27) com a oitiva de mais nomes apontados pela defesa de Anderson Torres — o ex-ministro é réu na ação. A matéria Manoela Alcântara e Pablo Giovanni, do Metrópoles.
As sessões são conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo. No total, está previsto que oito testemunhas de defesa sejam ouvidas nesta etapa.
O primeiro a depor foi o chefe de repressão a crimes eleitorais na Polícia Federal (PF), Fabricio Rocha, às 14h45. Ele confirmou a participação efetiva da corporação nos processos eleitorais. “Estou há 18 anos no departamento e, desde que entrei, a PF sempre participou ativamente, de movo ostensivo, no 1º e no 2º turno”, destacou.
Em seguida, prestou esclarecimentos o delegado e ex-diretor-geral da PF Marcio Nunes.
Entre os principais nomes estão o ex-diretor-geral da PF delegado Márcio Nunes; o delegado Alessandro Moretti, que foi secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) entre 2019 e 2021; o ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro Victor Veiga Godoy; e a coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Cintia Queiroz de Castro.
Outro que presta depoimento é o delegado Leo Garrido de Salles, que responde às perguntas na condição de investigado — semelhante ao caso dos delegados Djairlon Henrique Moura e Caio Rodrigo Pellim. Ele tem o direito de não produzir provas contra si. Ou seja, não é obrigado a dizer a verdade e pode ficar em silêncio caso quiser.
Todos os três são alvos de outra investigação da PF que apura a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante as eleições de 2022. Leo e Djairlon, inclusive, foram formalmente indiciados pela Polícia Federal.