Durante a sabatina de recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, ao cargo, nesta quarta-feira (12) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que os membros do Ministério Público Federal devem se envergonhar do jurista, pela atuação dele na PGR. A notícia é do R7. Assista no vídeo abaixo:
“Os membros do Ministério Público devem ter vergonha do senhor hoje, muita vergonha”, disse Flávio Bolsonaro. “Eu falei para vossa excelência em sua outra sabatina que Deus estava lhe dando uma oportunidade do senhor desfazer todas as injustiças que o senhor fez enquanto estava no TSE [Tribunal Superior Eleitoral] representando o Ministério Público Federal. O senhor fez o contrário. O senhor perseguiu e entrou no jogo sujo de uma pessoa que, para mim, é doente”, completou, em referência ao ministro Alexandre de Moraes.
Antes de assumir a PGR, Gonet foi vice-procurador-geral eleitoral e atuou em processos no TSE, inclusive assinou o parecer que levou à inelegibilidade de Jair Bolsonaro. Agora, Gonet é responsável pela denúncia por tentativa de golpe contra o ex-presidente.
O senador ainda disse que Gonet “não merecia” continuar no cargo e criticou o procurador por defender que a anistia é inconstitucional. O parlamentar concluiu sua fala perguntando diretamente ao chefe da PGR se ele planeja remover a prerrogativa do Congresso Nacional para conduzir processos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal.
Resposta de Gonet
“Eu não tenho dúvida da competência do Congresso Nacional para se manifestar sobre anistia”, respondeu Gonet. Sobre aberturas de inquérito, o procurador-geral insistiu que as suas decisões são exclusivamente baseadas na análise do direito.
“As tintas da PGR são lançadas aos papéis, que são encaminhados às instâncias corretas, não tem cores de bandeiras partidárias”, afirmou o procurador.