Abin teria espionado desafetos de filhos de Bolsonaro

25 de Janeiro 2024 - 12h45

A Polícia Federal (PF) investiga integrantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que teriam municiado a família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com informações coletadas a partir do First Mile, a ferramenta de geolocalização usada de forma ilegal com base nos números de celulares.

Segundo apurou a CNN Brasil, pelo menos dois filhos do ex-presidente teriam os serviços da Abin à disposição: o mais novo, Jair Renan Bolsonaro, e o mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Investigadores apontam que o monitoramento ilegal foi utilizado em situações pessoais ou políticas.

A reportagem apurou que os dados coletados serviriam para saber onde desafetos de Jair Renan e Flávio estariam. E além: com base na localização, seriam vigiados em ‘campanas’ por servidores da Abin.

Durante o governo Bolsonaro (PL), a Abin foi chefiada pelo hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), delegado da Polícia Federal de carreira e suspeito de usar a agência para espionar adversários políticos.

Nesta quinta-feira (25), a PF fez buscas contra Ramagem em Brasília, no Rio de Janeiro e contra policiais federais.

A Operação Vigilância Aproximada investiga organização criminosa que teria se instalado na Abin com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas.

Segundo as investigações, o grupo usava ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.

A operação é uma continuação das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em outubro do ano passado.

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