Adolescentes acusados de estupro coletivo são liberados após 20 dias de internamento
Adolescentes que estupraram uma jovem de 14 anos e ainda filmaram o ato, foram liberados pela Justiça de Goias, onde o caso aconteceu. A informação é do G1. O processo corre em segredo de Justiça.
Os responsáveis pelo "ato infrancional análogo ao estupro" têm 12, 13 e 14 anos e estavam internados provisoriamente desde o dia 17 de abril, após serem apreendidos por abusar da menor. Um jovem de 23 anos foi indiciado pelo mesmo crime, segundo a Polícia Civil (PC).
A liberação dos adolescentes aconteceu na última sexta-feira (5), cerca de 20 dias depois da internação deles no Centro de Internação Provisória de Anápolis, a 55 km de Goiânia. A princípio, a Justiça determinou que eles devessem ficar 45 dias no local.
O g1 procurou o Ministério Público por e-mail para saber se o órgão irá recorrer da decisão, mas o questionamento não foi respondido até a última atualização desta reportagem.
A PC informou, em relação ao maior indiciado por estupro coletivo, que ele segue preso no Presídio de Silvânia. A vítima, por outro lado, vem passando por um acompanhamento psicológico para se recuperar do trauma sofrido pelo estupro.
Relembre o crime
Os jovens foram apreendidos e o maior preso no dia 15 de abril, um dia depois do estupro coletivo, conforme o delegado Leonardo Sanches. Três dias depois, a corporação apreendeu os celulares dos três adolescentes, sendo que em um dos aparelhos foi encontrado um vídeo do crime, no qual, o adolescente de 14 anos aparece filmando o momento em que estava abusando da jovem. Ele também teria levado as roupas íntimas da vítima para casa.
“No vídeo podemos ver claramente que a vítima está completamente dopada, sem consciência e sem condições de apresentar qualquer tipo de resistência”, descreve Sanches.
Além do vídeo, Sanches detalhou que as investigações identificaram que os três adolescentes estudavam na mesma escola que a vítima, que foi embriagada e abusada em um roça de palha.
“Nós ouvimos o diretor da escola e pedimos as fichas deles, eles têm vários episódios de indisciplina. Eles conhecem a vítima da escola e interagiam com ela nas redes sociais”, afirma.
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