Advogados são presos pela Polícia Federal suspeitos de participação com crime organizado

03 de Setembro 2024 - 14h54

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Rio Grande do Norte (FICCO/RN), deflagrou nos dias 2 e 3 de setembro, a Operação Malvaceae 2, com o objetivo de investigar a ação de advogados que se valiam de forma ilícita de suas prerrogativas funcionais para promover a comunicação entre integrantes, presos e em liberdade, de uma facção criminosa. Os recados eram recebidos e transmitidos nas unidades prisionais durante as visitas de atendimento jurídico. 

A partir de representação policial, judicialmente deferida pela Unidade Judiciária de Delitos de Organizações Criminosas do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão pessoal e domiciliar em desfavor de dois advogados indiciados por integrarem uma Organização Criminosa com atuação no RN.

A investigação revelou ainda que um dos causídicos também atuava diretamente na atividade de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas operado pelo grupo criminoso com atuação na zona Norte de Natal, identificado na primeira fase da Operação Malvaceae, deflagrada em 29 de fevereiro deste ano.

Naquela ocasião, a investigação revelou que de dentro do sistema prisional, os líderes da organização controlavam o tráfico de drogas na região por meio de recados transmitidos durante atendimentos feitos por um advogado, também alvo da operação.

A partir de representação em Inquérito Policial, e após análise dos dados obtidos, foi deferida pela Unidade Judiciária de Delitos de Organizações Criminosas do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte - UJUDOCRIM a expedição de 14 mandados de busca e apreensão, 11 de prisão preventiva e sete de prisão temporária, que foram cumpridos em Parnamirim/RN, Poço Branco/RN e Natal/RN. Também foi determinada a indisponibilidade de bens relacionados a oito investigados.

Durante o cumprimento das buscas, em um dos imóveis, foram apreendidos aproximadamente R$ 100 mil em espécie, além de escrituras de imóveis pertencentes ao grupo criminoso.

A FICCO/RN é composta pela Polícia Federal, Secretaria Nacional de Políticas Penais, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal, para o enfrentamento ao crime organizado.

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