Aluna diz que Moraes acabou com leis, professora corrige e é ameaçada

24 de Abril 2024 - 19h01

Uma professora de escola pública do Distrito Federal foi ameaçada após corrigir uma aluna que escreveu em uma redação que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes havia acabado com as leis no país. A mãe da estudante disse que não aceitaria que a filha fosse “doutrinada” e que “esfregaria o celular na cara” da educadora para mostrar que a docente estava errada.

O caso aconteceu na última quarta-feira (17/4), no Centro de Ensino Médio (CEM) 1 do Gama. Uma aluna do 2º ano escreveu a informação na atividade escolar, e a professora explicou, com base na Constituição Federal, que não cabe ao Poder Judiciário elaborar leis, o que é papel do Legislativo.

A estudante, então, ligou para a mãe e relatou o que a professora havia falado. Imediatamente, a responsável pela estudante enviou um áudio no WhatsApp para a supervisora da escola para condenar a conduta da professora, que classificou como “doutrinação”.

A mãe ainda disse, segundo o diretor do CEM 1, que era amiga do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), do deputado Gustavo Gayer (PL-GO) e do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG). Também afirmou que esfregaria o celular “na cara da professora para mostrar que as leis foram mudadas”, caso a escola não “desse um jeito” na situação.

Posteriormente, a mãe da estudante foi ao colégio pessoalmente, repetiu as agressões verbais e disse que iria “atrás dos [próprios] direitos”. Ainda segundo o diretor da instituição de ensino, a professora entregou um atestado médico que a afastou das atividades laborais por 30 dias, devido ao abalo psicológico sofrido.

Metrópoles

 

Deixe o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado

Notícias relacionadas

Últimas notícias