Aos governadores, Lula propõe trazer de volta o Ministério da Segurança, criado por Michel Temer

30 de Agosto 2022 - 16h24

O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, se reuniu nesta terça-feira (30), com governadores em São Paulo, para apresentar propostas dele ao Governo Federal. E, entre as sugestões divulgadas, está a recriação do Ministério da Segurança Pública. 

Participaram da reunião com o candidato do PT nesta terça-feira em São Paulo os governadores de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); e da Bahia, Rui Costa (PT). Também estiveram presentes Renan Filho (MDB), ex-governador de Alagoas; e Wellington Dias (PT), ex-governador do Piauí. Geraldo Alckmin, candidato a vice na chapa de Lula, acompanhou as discussões. A governadora Fátima Bezerra, do PT do RN, não compareceu. 

Vale lembrar que o Ministério da Segurança Pública foi criado durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) mas, na gestão do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), foi incorporada ao Ministério da Justiça. A volta do Ministério da Segurança Pública também está no radar do candidato do PL à reeleição.

"Nós estamos propondo a criação do Ministério da Segurança Pública, sem que haja nenhuma interferência na política do estado. O que nós queremos é aumentar a participação da União sem interferir naquilo que é obrigação dos estados hoje", afirmou o petista. "Essa é uma reivindicação já um pouco antiga, questionada por esses companheiros governadores há muito tempo. E eu acho que a gente vai poder consagrar isso nesta campanha e consagrar a execução, se viermos a ser eleitos", acrescentou Lula.

Além do Ministério da Segurança Pública, Lula já falou, neste ano, em criar os ministérios da Mulher, dos Povos Originários, da Igualdade Racial e recriar o da Cultura.

O petista defendeu ainda o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) com atuação integrada de forças de segurança com Ministério Público e Defensoria Pública. E falou em criar um "comitê científico" para estruturação do setor "com planejamento, metas e avaliações".

Entre outros pontos, o presidenciável do PT também propôs:
- Acordo com países vizinhos para combate ao tráfico de drogas e para uma política integrada nas fronteiras com atuação das Forças Armadas;
- Assegurar a liberação aos estados de recursos do Fundo de Segurança Pública e do Fundo Penitenciário;
- Valorização de profissionais de segurança pública;
- Monitoramento e combate à movimentação financeira de organizações criminosas;
- Reorganizar o sistema penitenciário, separando presos por grau de periculosidade, e com programas de trabalho e educação para a ressocialização;
- Disseminar a Patrulha Maria da Penha, com participação das guardas municipais, para combater a violência contra as mulheres.

Segundo o presidenciável do PT, essas propostas serão levadas pelo coordenador da campanha, o ex-ministro da Casa Civil Aloizio Mercadante, para os demais partidos que compõem a coligação Brasil da Esperança.

"Isso sendo aprovado, isso vai ser anunciado como um programa de segurança pública do próximo governo do Brasil chefiado por mim e pelo Geraldo Alckmin", afirmou.

Com informações do G1. 

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