O treinador Argel Fuchs demorou muito para conceder entrevista após a derrota do ABC para a Tombense, certamente foi um esculacho no vestiário. Eu bem sei, conheço jogador de futebol, e acho que ele desagradou meio mundo ao falar à imprensa. Posso até achar que é perigo um treinador agir assim, mas na situação que o clube se encontra, pelas peças nulas que tem, digo sem medo de errar que ele está coberto de razão.
Ele foi atirando contra os que não se entregam. Afirmou que viu, enxergou, admite que o time piorou com as mudanças que fez, o que deixa bem claro, pelo menos para mim, que jogadores como Jean Patrick, Jean Martin, Welliton, Renan Bressan e Cordeiro dificilmente voltarão a ter chance com ele.
Eximiu, falando os nomes, alguns, de culpa, dando como exemplo de entrega em campo os jogadores Fabrício, Gedeilson, Matheus Anjos, Thonny Anderson. Entendi o recado do Argel de que,com ele, o atleta jogar mal ou bem faz parte, o que não pode é não tem postura, não correr, não sujar o material e brigar pelo resultado.
Sobre reforços, disse sim que vai ter que mandar alguns embora para que venham reforços e que os nomes, a qualidade, entendi nas entrelinhas, vai depender muito do poder financeiro do clube. Aí eu discordo: depende sim de grana, mas acima de tudo do conhecimento de mercado, e do futebol, do contratane, ele, treinador, incluído.
Argel, para não fugir de seu dever como treinador, falou ainda das possibilidades matemáticas e da obrigatoriedade de vencer uma primeira partida para concretizar início de reação. Palavas vãs, afirmo, mas necessárias para quem está no posto de comando e está iniciando um trabalho, mesmo que tardio.
São as "balas de prata", apenas três últimas chances que o ABC tem de contratar atacantes que possam resolver o problema de falta de gols, de absoluta ausência de jogadores de frente que incomodem as defesas adversárias. O ABC não pode continuar dependendo unicamente das jogadas e bolas paradas do Matheus ou arrancadas, isoladas, do Fábio Lima.
Definitivamente, os equívocos absurdos cometidos por Cartaxo-Marchiori na primeira montagem, a repetição da "furada" nas aquisições da janela com o Allan Aal e seu assistente, desta vez, não pode se repetir. Não se trata mais de escapar do rebaixamento, já não conto com isso faz tempo, mas pelo menos encerrar com dignidade a competição
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