Mortos-vivos de farda mantêm a boquinha. Viúvas e órfãos de generais recebem bilhões de reais todo ano. Eles ganham mais do que todos os cabos e soldados somados, escreve José Roberto de Toledo. O UOL teve acesso aos dados de pagamento do Exército nos últimos quatro anos e constatou que, só de aposentadorias e pensões, o gasto chega a R$ 3,7 bilhões por ano.
Quem mais consome dinheiro público são as herdeiras dos oficiais que morreram, sobretudo daqueles com as patentes mais altas. Mas alguns desses oficiais nem precisam morrer para deixar pensões. São os mortos-vivos de farda, como o ex-major Ailton Barros.
Ele está preso na apuração das fraudes em vacinas entre os assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Nos últimos três anos, a esposa de Ailton Barros recebeu mais de R$ 1 milhão como viúva de militar expulso. O ex-major perdeu a patente, destaca Toledo, mas perdeu não a boquinha.
UOL
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