Todo mundo esperava bem mais da seleção. E de Tite. Mas, o que fazer? A classificação veio nesta segunda-feira (28) com vitória por 1 a 0 sobre a Suíça, no Estádio 974, gol de Casemiro já aos 37 minutos do segundo tempo. O Brasil, em relação a estreia, jogou menos. Não correu riscos, mas deixou a desejar.
Um time preso na marcação, saindo com muita lentidão da defesa para o ataque, dando chance para que a Suíça se fechasse a tempo e dobrasse, até triplicasse a marcação sobre o Vinícius Júnior, principal jogador do Brasil, impedinho as nossas melhores jogadas.
Tite fez a opção por Fred no lugar de Neymar, fazendo de Paquetá um meia mais avançado, não que ele tenha se saído mal, mas era pouca gente criando. Fred e Casemiro deixaram muito a desejar no duelo contra os suíços.
O Brasil, notadamente, é o time, talvez, que seus jogadores de meio defensivo e defesa menos se desgarram, menos saem para o jogo, e isso acaba facilitando o trabalho dos rivais. No futebol moderno de hoje não existe mais essa "prisão" e estamos vendos vários defensores se transformando em elementos surpresas, mesmo nas seleções de menos qualidade técnica.
Éder Militão, não foi mal, cumpriu bem seu papel, mas precisa sair mais, assim como Alex Sandro, esse mais ainda, porque é lateral de Ofício. Se os dois fazem dobradinha de ataque, certamente dariam mais condição para Vini e Raphinha aparecerem muito mais.
A lentidão do meio-campo e até mesmo dos defensores do Brasil, o pouco atravessar da linha divisória e o pouco aparecer para dar opção, esses os principais defeitos do Brasil. Uma outra coisa que observei na partida: a marcação arrefeceu e isso deu "asas" aos suíços, mas eles não souberam, ainda bem, aproveitar.
O Brasil foi bem na defesa, nas chegadas e assistências do Vinícius Júnior e o time melhorou com a entrada de Rodrygo, e por quê? Simples: ele apareceu para jogar, dividiu as atenções e todos cresceram na partida.
O Brasil, infelizmente, ainda não fez um partida para que eu diga: jogou como favorito ao título da Copa. Fico precoupado, na próxima fase o sarrafo aumenta.
Por fim, ainda não foi desta vez que alguém vai poder dizer que não sentiu falta do Neymar.
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