Chefe da Máfia Italiana passa por audiência de custódia e Justiça coloca processo em sigilo
O homem apontado pela Polícia Federal do Brasil e pela polícia italiana como chefe da Máfia Italiana Cosa Nostra, Giuseppe Calvaruso, passou hoje (14) por audiência de custódia e a informação é que ele continuará preso. Após a audiência, inclusive, a Justiça Federal determinou o processo contra ele seguirá em segredo de justiça.
A investigação aponta que foram lavados mais de 500 milhões de euros em 10 anos, o que daria algo em torno de R$ 3 bilhões em números de hoje. A Mafia utilizava empresas do setor imobiliário e restaurantes para o esquema. Um total de 12 empresas estão sob investigação.
Uma dos locais que pertenceriam a Máfia, inclusive, foi revelado pelo jornalista Gustavo Negreiros durante o Jornal das 6 desta terça-feira (13). Veja no link abaixo:
Pelo que foi apurado pela 96 FM, Giuseppe Calvaruso teria participação direta nos crimes investigados, que incluem associação mafiosa, extorsão, lavagem de dinheiro e transferência fraudulenta de valores, com agravante de apoio a famílias mafiosas notórias. A teia criminosa, porém, chega até a um homicídio ocorrido em 2014, em Natal.
Além disso, como parte das medidas para desarticular o esquema e recuperar ativos financeiros, a Justiça Federal autorizou o sequestro de imóveis e o bloqueio de contas bancárias associadas aos suspeitos e às empresas fantasmas envolvidas. Essas ações visam garantir a reparação dos danos causados pelas atividades ilícitas e impedir a continuação das operações criminosas.
No Brasil, a operação foi articulada pela Polícia Federal, em coordenação com o Ministério Público Federal e apoio internacional do Ministério Público e da Guardia di Finanza de Palermo, Itália. A Operação Arancia faz referência a "laranja" em italiano, foi escolhido para a operação policial devido ao uso extensivo de "laranjas".
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