China e Rússia pedem contenção e “desescalada” após Israel atacar o Irã

19 de Abril 2024 - 15h29

China e Rússia se manifestaram, na manhã desta sexta-feira (19), após o ataque de Israel contra o território iraniano.

A China manifestou-se contra qualquer escalada de tensões no Oriente Médio.

“A China opõe-se a qualquer comportamento que possa agravar ainda mais as tensões”, disse Lin Jian, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, numa coletiva de imprensa em Pequim.

A Rússia apelou à “contenção” depois de Israel ter lançado um ataque militar ao Irã, um país com o qual o Kremlin tem uma estreita parceria estratégica.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse durante uma ligação com jornalistas que a Rússia está “estudando” os detalhes do ataque e que seria “prematuro comentar” até que sua natureza se torne clara.

Mas Peskov acrescentou: “Em qualquer caso, não importa o que aconteça, continuamos a defender a contenção das partes e a recusa de ações que possam provocar uma nova escalada de tensão numa região tão difícil”.

A Rússia tem confiado em armas iranianas durante a invasão em curso da Ucrânia, tendo frequentemente como alvo cidades ucranianas com drones Shahed, de fabricação iraniana.

Israel realizou um ataque direto contra o Irã nesta sexta-feira (19), segundo confirmou um oficial dos Estados Unidos à CNN. O alvo não era uma instalação nuclear, ainda segundo a fonte.

Uma televisão estatal iraniana também afirmou que instalações nucleares não foram atingidas. Um radar do Exército pode ser um dos alvos do ataque, e janelas de vários edifícios de escritórios foram quebradas na área, segundo a agência iraniana Fars.

Sistemas de defesa aérea foram ativados na província de Isfahan e derrubaram três drones, segundo a agência estatal iraniana. Uma autoridade do Irã afirmou à Reuters que não houve ataque com mísseis e que as explosões ouvidas foram resultado da ativação da defesa aérea.

CNN

 

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