Uma mulher de 53 anos levou 10 pontos no pescoço após ser atingida por uma linha de pipa com cerol no Guarujá, litoral de São Paulo, enquanto andava de bicicleta.
O acidente ocorreu na Praça 14 Bis, em Vicente de Carvalho, no dia 21 de abril. Katia Rocha Freitas estava indo para uma entrevista de emprego quando sofreu o ferimento.
Em entrevista ao jornal A Tribuna, ela disse que chegou a ver a linha da pipa, mas não notou que ela havia cortado seu pescoço: “Só senti aquela ardência, mas também não dei atenção, e continuei pedalando. Logo em seguida, passei a mão no pescoço e já senti que estava machucado. Continuei, as vistas já começaram a falhar e atravessei para o outro lado, pedindo ajuda para as pessoas”.
Katia foi levada para uma farmácia, onde recebeu os primeiros socorros e esperou pelo atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Polícia Militar (PM), que foram chamados ao local.
Mas quem levou a ciclista para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foram dois amigos, que chegaram depois de um tempo: “Se fosse esperar pela polícia ou pela ambulância, acho que eu teria morrido naquele local. O nervoso foi tão grande que o tempo exato eu não consigo dizer, porque fiquei muito desesperada. Era muito sangue”.
Ela foi transferida para o Hospital Santo Amaro, onde levou os pontos. A ciclista disse que toma remédios para dor e voltará na unidade de saúde retirar os pontos na segunda-feira (6/5).
A Polícia Militar (PM) disse que não localizou o registro da chamada 190 para o endereço do acidente.
Já a Prefeitura do Guarujá informou, em nota, que o Samu não foi acionado para a ocorrência. A administração municipal disse ainda que a cidade conta com uma lei municipal que “proíbe a industrialização, a comercialização, o armazenamento, o transporte e a distribuição de ‘cerol’ ou de qualquer material similar com a finalidade de ser usado em linhas ou fios para serem utilizados em pipas, papagaios ou pandorgas”.
Ainda segundo a administração municipal, menores que forem flagrados na prática da atividade serão encaminhados ao Conselho Tutelar para as providências cabíveis em relação aos pais ou responsáveis. Além disso, o material será apreendido.
Denúncias sobre o uso de cerol e outros materiais cortantes pelas ruas devem ser feitas pelo telefone 153, da Guarda Civil Municipal (GCM).
Com informações do Metrópoles.
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