Ciclista leva 10 pontos no pescoço após corte por linha com cerol

03 de Maio 2024 - 14h58

Uma mulher de 53 anos levou 10 pontos no pescoço após ser atingida por uma linha de pipa com cerol no Guarujá, litoral de São Paulo, enquanto andava de bicicleta.

O acidente ocorreu na Praça 14 Bis, em Vicente de Carvalho, no dia 21 de abril. Katia Rocha Freitas estava indo para uma entrevista de emprego quando sofreu o ferimento.

Em entrevista ao jornal A Tribuna, ela disse que chegou a ver a linha da pipa, mas não notou que ela havia cortado seu pescoço: “Só senti aquela ardência, mas também não dei atenção, e continuei pedalando. Logo em seguida, passei a mão no pescoço e já senti que estava machucado. Continuei, as vistas já começaram a falhar e atravessei para o outro lado, pedindo ajuda para as pessoas”.

Katia foi levada para uma farmácia, onde recebeu os primeiros socorros e esperou pelo atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Polícia Militar (PM), que foram chamados ao local.

Mas quem levou a ciclista para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foram dois amigos, que chegaram depois de um tempo: “Se fosse esperar pela polícia ou pela ambulância, acho que eu teria morrido naquele local. O nervoso foi tão grande que o tempo exato eu não consigo dizer, porque fiquei muito desesperada. Era muito sangue”.

Ela foi transferida para o Hospital Santo Amaro, onde levou os pontos. A ciclista disse que toma remédios para dor e voltará na unidade de saúde retirar os pontos na segunda-feira (6/5).

A Polícia Militar (PM) disse que não localizou o registro da chamada 190 para o endereço do acidente.

Já a Prefeitura do Guarujá informou, em nota, que o Samu não foi acionado para a ocorrência. A administração municipal disse ainda que a cidade conta com uma lei municipal que “proíbe a industrialização, a comercialização, o armazenamento, o transporte e a distribuição de ‘cerol’ ou de qualquer material similar com a finalidade de ser usado em linhas ou fios para serem utilizados em pipas, papagaios ou pandorgas”.

Ainda segundo a administração municipal, menores que forem flagrados na prática da atividade serão encaminhados ao Conselho Tutelar para as providências cabíveis em relação aos pais ou responsáveis. Além disso, o material será apreendido.

Denúncias sobre o uso de cerol e outros materiais cortantes pelas ruas devem ser feitas pelo telefone 153, da Guarda Civil Municipal (GCM).

Com informações do Metrópoles.

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