Ciro defende “Lei Antiganância” para limitar cobrança de juros sobre dívidas
O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) detalhou, nesta quarta-feira (24), sua proposta batizada de “Lei Antiganância”, que foi apresentada pela primeira vez na terça-feira (23), durante entrevista ao Jornal Nacional. A ideia é, segundo ele, estabelecer um limite para a cobrança de juros sobre as dívidas da população brasileira. A notícia é da CNN Brasil.
“Você toma R$ 100 emprestado e, qualquer que seja o prazo, quando você pagar R$ 200, a lei determina a quitação. O brasileiro hoje não sabe, mas ele toma R$ 100 emprestado e, em um ano apenas, ele está devendo R$ 400. Então eu quero colocar um limite, em que o dobro do valor emprestado seja o limite legal da dívida de todos os brasileiros”, afirmou em caminhada realizada em Curitiba (PR).
Ao falar sobre o projeto, o pedetista voltou a dizer que mais de 66 milhões de brasileiros têm hoje o nome inscrito no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Segundo ele, a quantidade de endividados restringe o consumo, o que gera desemprego. “Isso não é razoável e isso explode no desemprego, porque, se as famílias não têm crédito de renda, elas não consomem. Se não consomem, a economia para e o desemprego explode, que é o que nós estamos assistindo”, diz.
O candidato mencionou a proposta durante a sabatina do Jornal Nacional, da TV Globo, na noite da terça-feira (23). Ciro Gomes afirmou que a medida tem inspiração na experiência internacional, especificamente na inglesa. Durante agenda nesta quarta-feira, o ex-governador defendeu, ao abordar o tema habitação, “um programa massivo de regularização fundiária”. De acordo com o pedetista, a medida também auxiliaria seu plano de combate ao desemprego.
“Eu tenho um programa massivo de regularização fundiária urbana: desapropriar, tirar a ameaça do despejo e fazer a infraestrutura desses bairros. Saneamento, drenagem, microdrenagem, construção civil, reconstrução de moradia popular. Isso também vai responder àquela grande meta do meu projeto que é gerar 5 milhões de emprego em dois anos”, completou.
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