Clarinha, que ficou em coma 24 anos, será enterrada nesta terça

14 de Maio 2024 - 10h17

Conhecida como Clarinha, a paciente misteriosa que ficou internada e em coma por 24 anos, em um hospital de Vitória (ES), será velada e sepultada nesta terça-feira (14/5). As cerimônias ocorrem dois meses após a morte dela.

O corpo estava no Departamento Médico Legal (DML), aguardando resultado de exames de compatibilidade de possíveis familiares, mas todos deram negativo.

O velório e o enterro de Clarinha são realizados com a ajuda de uma funerária que se voluntariou para o serviço e coroa de flores dos funcionários do Hospital da Polícia Militar (HPM).

A expectativa que o velório aconteça até 12h30, no bairro Santa Lúcia, em Vitória, com o caixão aberto, e que participem funcionários e ex-funcionários do HPM. Uma coroa de flores foi encomendada pelo médico aposentado Jorge Potratz, que cuidou de Clarinha, em nome dele e dos colegas.

Ao longo da manhã, uma bênção vai ser feita por um padre que se voluntariou para ir ao local. Existe a expectativa de que um representante de uma igreja evangélica também compareça.

Já o local escolhido para o enterro foi o Cemitério Municipal de Maruípe, em Vitória, cidade onde Clarinha ficou por 24 anos internada. A Prefeitura de Vitória foi procurada, mas não comentou detalhes sobre o local onde Clarinha ficará e protocolos no cemitério.

Corpo conservado por dois meses

Clarinha morreu no dia 14 de março e, desde então, seu corpo estava sendo conservado no DML. A autorização para liberação foi dada pela Justiça na sexta-feira (10/5), e Clarinha foi retirada do departamento nessa segunda-feira (13/5).

Na sequência, o corpo foi levado ao laboratório da empresa funerária para passar pelo processo de tanatopraxia antes do velório. Cerca de quatro profissionais se dedicaram a esse trabalho, que incluiu tratamento, higienização e embelezamento.

De acordo com o diretor operacional da funerária que se ofereceu para auxiliar na despedida da paciente, o mais diferente é o fato de Clarinha ter morrido há dois meses e o corpo ter ficado congelado durante esse período. A baixa temperatura queima um pouco a pele, então um processo de maquiagem foi feito para restaurar a cor natural.

Em decorrência das mais de duas décadas de internação, Clarinha tinha algumas atrofias nos membros, o que fez com que a equipe trabalhasse para conseguir deixar ela posicionada da melhor forma possível na urna.

O Coronel Jorge Potratz, médico aposentado que se responsabilizou pelos cuidados da paciente, pediu que uma técnica de Enfermagem do HPM, que também cuidou de Clarinha e conhecia seu tamanho e principais características, comprasse um vestido branco para a ocasião. Ao saber para quem era o vestido, a loja não cobrou pelo item. Informação do Metrópoles.

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