PMs denunciam suspensão no fornecimento de refeição; Comando reconhece problema

10 de Novembro 2021 - 14h49

Publicado em primeira mão no Portal 96, o impasse sobre a alimentação dos policiais militares do Rio Grande do Norte continua mas, pelo menos desta vez, a própria Polícia Militar reconheceu o problema e afirmou que trabalha para resolvê-lo. Na manhã de hoje (10), primeiro a corporação afirmou que as "medidas operacionais cabíveis já haviam sido tomadas", sem admitir que havia policiais sem acesso aos vales, nem a comida. Em seguida, no entanto, o próprio Comando do Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE) reconheceu o problema após associações de classes e não apenas os próprios PMs atingidos, cobrarem respostas. 

O Portal 96 entrou em contato com as Associações de Cabos e Soldados (ACS) e de Oficiais da Polícia Militar, que confirmaram a falta da alimentação, dos vales de refeição e da redução nas cargas horárias de policiais lotados no CPRE de Mossoró e região e Pau dos Ferros.

Insatisfeito com a situação, o presidente da Associação de Cabos e Soldados, Roberto Campos, cobrou o Governo do Estado sobre a situação e pediu que alguma providência fosse tomada para que os policiais voltem a ter sua alimentação normalizada. 

"É inadmissível que isso aconteça. Espero que o Governo do Estado se manifeste e tome alguma atitude para resolver isso", disse.

Já o presidente da Associação dos Oficiais Militares, major Robson Teixeira, lamentou a circunstância e afirmou que também espera uma resolução por parte do Estado. 

"É uma situação realmente lamentável. Precisamos de alguma coisa seja feita para solucionar a alimentação dos policiais", afirmou.

De acordo com o comandante do CPRE, coronel Kennedy, a empresa responsável por fornecer a comida para os policiais decidiu aumentar o valor da refeição, o que descumpria o contrato e fugia do orçamento do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Com a negativa do órgão pelo novo acordo, o fornecimento foi suspenso. 

Ainda segundo Kennedy, a Procuradoria-Geral do Estado já entrou com uma ação para que a empresa mantenha o valor estabelecido anteriormente e cumpra o contrato, que, conforme o coronel, possui duração até março de 2022. O coronel garantiu que a partir de amanhã, os serviços serão tirados por turnos divididos até que uma liminar saia para determinar a retomada da distribuição das refeições.

 

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