O Congresso Nacional decidiu, nesta terça-feira (5), derrubar vetos do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), referentes às leis de fomento ao setor cultural conhecidas como Lei Paulo Gustavo e Lei Aldir Blanc 2. O resultado foi amplamente comemorado pela oposição.
Houve longa negociação entre oposição e governo sobre esses vetos para que fossem derrubados. O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (PL-TO), então apresentou proposta de acordo que envolveu a derrubada dos vetos relativos às duas leis culturais e a manutenção de outros vetos de interesse do governo federal, como o relativo à privatização da Eletrobras.
Ao longo das últimas semanas, artistas e parlamentares de oposição se mobilizaram pela derrubada de ambos os vetos, inclusive dentro do Congresso.
A Lei Paulo Gustavo prevê a liberação de R$ 3,86 bilhões em apoio financeiro da União a estados, ao Distrito Federal e a municípios com o objetivo de ajudar o setor cultural a enfrentar os efeitos da pandemia.
Além disso, a proposta altera a Lei de Responsabilidade Fiscal para não contabilizar na meta de resultado primário as transferências federais aos demais entes federativos por se tratar de um apoio ao setor diante das consequências da pandemia.
O veto total de Bolsonaro à Lei Paulo Gustavo aconteceu em abril. Na justificativa, o chefe do Executivo alegou que o projeto poderia gerar despesas que comprometeriam outros orçamentos.
O projeto de lei recebeu o nome do ator, humorista, diretor, roteirista e apresentador Paulo Gustavo por incentivar a cultura no país. Paulo Gustavo Amaral Monteiro de Barros era carioca e morreu em 4 de maio do ano passado, aos 42 anos, em Copacabana, no Rio de Janeiro, onde estava internado desde 13 de março com Covid-19.
Já a Lei Aldir Blanc 2 prevê o repasse anual de R$ 3 bilhões a estados e municípios para o setor cultural até 2027. A lei foi aprovada pelo Senado Federal em 23 de março, por unanimidade dos senadores votantes.
CNN Brasil
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