Coronel da PM autuado por estuprar homem em motel é exonerado do cargo

19 de Abril 2022 - 19h20

O coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Edilson Martins da Silva, 47 anos, flagrado em um motel de Taguatinga com um jovem de 21 anos, em 9 de abril, foi exonerado do cargo. Ele era diretor de Planejamento e Gestão de Contratos (DPGC), do Departamento de Saúde e Assistência ao Pessoal (DSAP), do Comando-Geral da PMDF. As informações são do Metrópoles.

A exoneração do militar foi publicada em edição extra do Diário Oficial do DF (DODF) desta terça-feira (19).

Segundo a PM, Edilson foi transferido do hospital particular onde estava, na Asa Norte, para uma clínica psiquiátrica. Até então, ele estava internado em uma unidade de terapia-intensiva (UTI). Conforme o Metrópoles revelou, o PM não permaneceu recolhido no Núcleo de Custódia da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) após ser autuado por estupro. Alegou mal-estar e foi encaminhado para a unidade de saúde.

O coronel responde pelo estupro em liberdade. Ele deve usar uma tornozeleira eletrônica por 90 dias. O jovem, que efetuou tiros dentro do motel para fugir da situação, também ganhou liberdade provisória sob a mesma condição.

Rapaz ameaçado por coronel em motel: “Apontava a arma na minha cabeça”

O caso

Segundo o rapaz, o coronel o abordou na rua, e, desde que entrou no carro do PM, sentiu que algo estava errado. Em sua primeira entrevista em vídeo, cedida ao Metrópoles, o jovem falou que teme pela vida e pela segurança da família.

Ele lembrou que, após ser abordado pelo policial, precisou adotar medidas para tentar sobreviver à situação. Ameaçado com uma arma, o garoto narrou que foi coagido a comprar e consumir drogas, como cocaína, junto com o militar.

“Incialmente, ele ofereceu uma carona. Depois, passou a dizer que tinha sido agredido e que ia matar a pessoa que fez isso com ele. Logo em seguida, pegou a arma na casa dele, começou a ameaçar e passar a mão na minha virilha. Tentei fugir, pedi ajuda, mas ele estava completamente desequilibrado. Disse que era coronel da PM e que não ia deixar barato. Entendi que, para sobreviver, eu teria que cooperar. Fazer o que ele queria”, disse.

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