CPI aprova nova convocação do ministro Marcelo Queiroga para depor

07 de Outubro 2021 - 12h06

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 aprovou nesta quinta-feira (7) uma nova convocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, à comissão. Se a oitiva for marcada pelo presidente Omar Aziz (PSD-AM), será a terceira ida do ministro à CPI. A questão é debatida há semanas dentre os senadores do grupo majoritário, com incentivo principal do vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), mas não havia consenso entre os parlamentares. 

 

O que ajudou a pressionar a aprovação do requerimento convocando Queiroga foi a notícia sobre a retirada de pauta da reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) no Sistema Único de Saúde (SUS) a discussão sobre o relatório contrário ao uso de cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina em pacientes com Covid-19 ou com suspeita da doença que foi elaborado pelo grupo técnico. 

 

O documento já estava pronto para discussão e concluiu que "azitromicina e hidroxicloroquina não mostraram benefício clínico e, portanto, não devem ser utilizados no tratamento ambulatorial de pacientes com suspeita ou diagnóstico de Covid-19". Oficialmente, a alegação do Ministério da Saúde é que o documento carece de aprimoramento, mas, nos bastidores, a informação é que a ordem veio "de cima". O senador Randolfe Rodrigues diz acreditar que houve uma ordem que partiu de dentro do Palácio do Planalto.

 

O ministro Queiroga é pressionado desde que assumiu o cargo para rever os protocolos de tratamento de pacientes com Covid-19. Em sua primeira ida à CPI, evitou falar de forma contrária à cloroquina, dizendo que era preciso aguardar análise da Conitec. A postura do ministro se dá diante do fato de o presidente Jair Bolsonaro ser um dos grandes incentivadores do uso de medicamentos ineficazes contra  Covid-19.

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