Defesa do ABC joga muito mal e equipe perde a terceira na Série B do Brasileiro

O ABC perdeu para o Ceará na noite deste domingo, 30, no Fasqueirão, partida da terceira rodada da Série B do Brasileiro. Em uma largada que ninguém contava ou esperava, o alvinegro teve seu terceiro revés seguido ficando na última colocação na tabela de classificação com duas derrotas e saldo negativo de cinco gols. 

Os gols d duelo nordestino foram marcados por Vitor Garbriel, duas vezes, descontando Matheus Anjos, de pênlati. A nota muito triste do jogo, o meia, destaque do ABC contra o Grêmio, autor do gol deste domingo, quatro gols pelo ABC e cinco assistências, desde que chegou, voltou a sentir uma lesão e está fora dos jogos contra ituano e CRB. O Anjos faz falta demais.

E o jogo? Um ABC poderoso, criativo, chegando com perigo várias vezes, com duas chances claras de marcar no primeiro tempo, mas absurdamente perdido na defesa que protagonizou um festival de falhas e brechas, principalmente pelo lado esquerdo, onde o Márcio Azevendo fez uma péssima partida e permaneceu em campo durante todo o jogo para minha total incompreensão.

O meio-campo do ABC dominava as ações a partir de Wellington Reis, fixo na frente da área, saindo na boa. O meia Wallace organizando as jogadas de ataque pelo lado direito, fazendo andar o Léo Ceará e o Alemão. Pelo lado oposto, com Fábio Lima, a mesma pressão do time da casa.

O Matheus Anjos fazia uma boa partida, mas ainda queria vê-lo jogando um pouco fora área. Em alguns momentos, ele ficou de costas para a defesa o que não é o seu forte e poderia ter rendido mais. Infelizmente, sentiu e não voltou para a a segunda etapa.

Os dois gols do Ceará, apesas das investidas sempre perigosas dos atacante Janderson de um lado e Erick de outro, saíram de bola parada. Gol de cabeça após cobrança de falta e de escanteio, quando Marchiori colocou um meia de ligação no primeiro pau, onde normalmente se posiciona um lateral ou volante.

A bola resvalou em Matheus Anjos e o atacante só teve que empurrar para as redes.

Apesar do domínio alvinegro, posse bola maior e investidas, o goleiro Simão teve que trabalhar para evitar o pior. O que deixava claro a atuação irreconhecível dos zagueiros alvinegros.

No segundo tempo, quando se pensava em mudanças na defesa, o fechamento de espaços, o treinador do ABC trocou seis por meia dúzia. Raphael Luz, mal, para Matheus Anjos, e Maycon Douglas para Léo Ceará. A mexida era trazer o Léo para a meia, a dele, afinal não estava mal (perdeu um gol e isso deve ter pesado) e fazer entrar o Maycon. E sacar o Márcio Azevedo para o Vançan.

O ABC continuou melhor, mas deve se levar em consideração que, depois que achou os dois gols, o Ceará só quis fazer o tempo passar, aliás, mal do futebol do Brasil como um todo.

Mesmo assim o Vozão ainda colocou bola na trave e obrigou Simão a ser salvador mais uma vez. O Barroca, técnico alencarino, fez mexidas, reforçou sua pegada de meio, trocou seus alas cansados e colocou Erick Pulga em cima do Alemão. Boas mexidas.

Marchiori, por seu lado , com suas trocas de "seis por meia dúzia". Tirou Fábio Lima, potencial de ataque, para Welliton. De novo poderia sacar o Márcio, afinal estava perdendo em casa, e dobrar os atacantes pela esquerda. Romário, por Rafael Silva, apagado, e ainda Alemão, grande figura do ABC na partida pelo Gedeilson. De novo, ele poderia dobrar seu poder de ataque permanecendo com os dois  alas.

Sem Matheus e com Wallace com pouco espaço para jogar, melhor marcado, o ABC voltou a apelar para as jogadas que, sem meias, são as únicas do repertório de Marchiori: sacode na área para aparecer uma cabeça salvadora. A defesa do Vovô estava tão morta que o Raphael Luz teve duas bolas do jogo, colocou ambas, de cabeça, nos braços do goleiro Richard.

Fim de jogo, Primeira vitória do Ceará e e terceira derrota do alvinegro potiguar, que tem em sequência dois jogos fora de casa - Ituano, quarta-feira, e CRB, sábado. Depois enfrenta o Botafogo/SP em casa e sai para pegar o Sport na Ilha do Retiro.