Confesso, meio injuriado de fazer jogo sem graça e no fim ouvir treinadores elogiarem suas estratégias e até jogadores que tiveram desempenho muito abaixo do que se espera. O ABC venceu o América de 1 a 0, gol do zagueiro Jhonnatham, de novo, como já tinha ocorrido contra o Força e Luz, em lance de bola parada. O duelo se deu na Arena das Dunas, na tarde-noite deste domingo e confirmou a vantagem do ABC para o jogo da volta na segunda fase.
Uma partida abaixo do que espera em clássicos. Pelo menos o que eu entendo que deva ser. Até parece que os treinadores combinam. Um ABC inacreditavelmente com três zagueiros, dois volantes e três atacantes órfãos.
No final, o Fernando Marchiori, que escalou num clássico um atleta que chegou essa semana e não jogava desde o ano passado, ainda elogia o dito e fala em estratégia.
Um esquemão ridículo de 4-5-1, obrigando seus atacantes a marcarem e quase tendo como única jogada os lançamentos longos, na maioria das vezes, dos defensores para a um lado de campo - Fábio Lima ou Alemão ou Moccelin.
O time não apresentou absolutamente nada de criatividade. Fico me perguntando até quando ele vai continuar jogando dessa mesma maneira e afirmando que atua "de acordo com adversários".
E o América? Leandro Sena sacudiu em campo um volante fraco, sem mobilidade, sem marcação ou saída, dois segundos volantes e dois meias, um só atacante. Tudo bem, poderia dar certo, imaginei até que conseguiria envolver o ABC, mas era somente posse de bola e nenhuma chegada mais efetiva para incomodar o goleiro Simão.
O rubro precisa de alternativas de jogadas pelos lados, aproveitando as saídas do Alemão, principalmente.
Por incrível que possa parecer, foi do ABC, numa desses lançamentos longos a primeira boa oprtunidade. Márcio Azevedo pegou nas costas da defesa do América e teve bem perto de marcar, mas o Jean Pierre apareceu salvando em cima da linha.
Depois foi o América que criou grande lance de emoção, mas de bola alçada na área, cabeçada de Luiz Paulo e grande defesa de Simão. Restante do segundo tempo, nada, pois o rubro que era melhor, passou a ceder espaços e o duelo ficou muito igual.
No segundo tempo, o ABC simplesmente adiantou a marcação, Márcio Azevedo atuando mais adiantado pelo lado esquerdo e o Alemão pela direita colocaram pressão no América que entrara com ítalo no lugar de Lucas Dias, meia inútil. Simplíssimo assim.
Nada demais. Até que Sena enxergou e mexeu fazendo entrara Wermerson no lugar do Araújo e o jogo voltou a ficar equilibrado.
Os dois times sem muitas alternativas, nada de criação de chances de gols, ou sequer jogadas verticais bem trabalhadas e aos 44 minutos, quando o fraco confronto se encaminhava para o fim veio o gol de Jhonnathas.
Criou certa polêmica, irritação do América, mas a bola entrou. Só resta esclarecer a sinalização da bandeira. Um pergunta que não vi ser respondida: para quê tremular a banceira? Não existe comunicação entre eles?
Final de partida. E mais uma vez o momento mais angustiante desses jogos: as entrevistas dos técnicos, principalmente do Fernando Marchiori, do ABC.
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