Empresa potiguar compra por R$ 3,1 milhões famosa marca Pan, dos cigarrinhos de chocolate
A marca de Chocolates Pan, famosa pelos “cigarrinhos de chocolate” e as “moedinhas de chocolates”, foi arrematada em leilão por R$ 3,1 milhões pela empresa Real Solar, de Goianinha, no Rio Grande do Norte. A venda ainda será homologada pela Justiça.
No leilão, realizado pela Positivo Leilões na última segunda-feira (4), o lance inicial era de R$ 27,7 milhões — estabelecido após uma perícia judicial, a pedido da Justiça de São Paulo.
O valor representava as marcas registradas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) com o nome da Pan, como Chocolápis Pan, bala Paulistinha Pan, dentre outros produtos. Ao todo, foram 25 lances pelas 37 marcas da empresa.
“O leilão da marca foi um processo muito disputado e transparente, que atraiu o interesse de vários licitantes. A empresa vencedora terá a chance de explorar o enorme potencial dessa marca tão tradicional e querida pelos brasileiros. Agora o resultado depende de aprovação do juiz”, afirma o leiloeiro oficial, Erick Teles.
Segundo o administrador judicial da falência da marca, Fábio Rodrigues Garcia, da ARJ Administração e Consultoria Empresarial, o leilão da marca Pan foi um passo importante para todo o processo de falência da empresa.
“O valor arrecadado vai ajudar a quitar parte das dívidas com os credores, especialmente vamos conseguir quitar todos os débitos com os funcionários. Além disso, o leilão vai possibilitar que a marca Pan retorne ao mercado, com uma nova gestão, uma nova proposta, gerando mais emprego e renda”, declara.
A fábrica de chocolates Pan leiloou toda a empresa, incluindo o prédio, máquinas e sucatas, com a finalidade de pagar os credores.
A companhia, que soma dívidas de mais de R$ 260 milhões, teve falência decretada em fevereiro do ano passado, depois de um processo de recuperação judicial que vinha desde 2017.
Em recuperação judicial desde março de 2021, a companhia declarou no pedido a “insuficiência de caixa e a impossibilidade de regularização do passivo, fato que compromete, irremediavelmente, seu soerguimento”.
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