Entenda qual a participação da JBS no abate de jegues que viram remédios na China

24 de Dezembro 2021 - 09h01

No município de Amargosa, a 119 km de Salvador, se tornou dependente de um mercado que cresce a cada ano, mesmo sob a acusação de colocar a existência do animal em risco: o abate de jegues. Os animais são transformados em um popular e lucrativo remédio vendido na china. A carne, vai para o Vietnã.

O processo é realizado na Frinordeste, principal frigorífico de abate de jumentos do país, cuja planta industrial pertence à JBS, segundo informou o G1. O local, no entanto, foi arrendado por dois cidadãos chineses e um brasileiro. Nele, cerca de 1,2 mil animais são abatidos todas as semanas para posterior exportação à China.

Eles são mortos com um tiro de ar comprimido entre os olhos. Depois, o couro é retirado, embalado em caixas e levado para a China, onde é transformado em uma gelatina que é usada para produzir o ejiao, um produto medicinal bastante popular e lucrativo da Tradicional Medicina Chinesa. A carne normalmente é separada e exportada para o Vietnã.

Não há comprovação científica de que o ejiao funcione, mas, no país asiático, ele é utilizado para tratar diversos problemas de saúde, como menstruação irregular, anemia, insônia e até impotência sexual. Ele é consumido de várias maneiras, como em chás e bolos.
 

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