Eu nem queria falar de Botafogo...

Eu nem queria falar de Botafogo. Aliás, do Glorioso, acho que nenhum jornalista esportivo tem essa condição. O velho ditado sendo levado ao pé da letra mais  uma vez: tem coisas que só acontecem com o Botafogo. Ontem, contra o Palmeiras encolhido, acuado, frágil e perdido do primeiro tempo, 3 a 0 foi muito pouco. Teve jogo para cinco.

 E ainda teve a penalidade defendida, mal batida pelo nosso Tico, Acho que decidia alí, o título até, com os 4 a 1. O time de Abel Ferreira é falho, tem jogadores inúteis, fracos, caldos de pipoca, e ele é um treindor comum. Mas, com a virada, de novo, se cantam loas ao português insuportável.

Voltando ao Fogão. Agora, três pontos nos separam do próprio. Muita gente achando que o título está perdido. Eu temo. Acho que esse plantel não tem qualidade e nem cacife para tanta pressão. Mas, de novo, vou me agarrar ao fato de ser Botafogo. 

O time brasileiro de Mané, que só é superado em tradição no mundo ao Santos de Pelé é pródigo em acontecimentos inimagináveis, bons e maus. Vai que o "Sobrenatural de Almeida" traveste algumas murrinhas que nós temos em Garrincha, Nilton Santos ou Marinho Chagas...

Sendo assim, ainda tem jeito. Esse título que, agora, parece tão improvável, vai ver, não é mesmo a cara do nosso Fogão.