O exército colombiano se valeu de uma estratégia analógica para encontrar o cão Wilson, o pastor belga desaparecido na floresta amazônica durante as operações de resgate de quatro crianças desaparecidas. Para atrair o animal, foram disponibilizadas cadelas em período de acasalamento.
“Começaram a deixar-lhe comida em locais específicos e levaram-lhe uma cadela no cio para o atrair com o seu cheiro”, afirmou à rádio RCN o comandante da Força Especial do Exército, General Pedro Sánchez, sobre o estratagema para resgatar o animal. Wilson foi fundamental na chamada Operação Esperança, que consistiu na busca das crianças que estavam perdidas na selva após a queda do avião em que estavam, mas que se perdeu durante a operação.
O general disse que as tropas continuam na selva, agora no que classificou de “fase 2” da Operação, com o objetivo justamente de localizar o animal.
O exército se mostra engajado na busca. O lema “Vamos por Wilson” surge em várias postagens da corporação nas redes sociais, trazendo fotos e vídeos do cão e mensagens de carinho e esperança. “Por enquanto, toda a operação está focada na busca de Wilson, porque um comando nunca fica para trás”, afirmou Sánchez.
As quatro crianças — Lesly Jacobombaire Mucutuy, 13, Soleiny Jacobombaire Mucutuy, 9, Tien Ranoque Mucutuy, 4, e a bebê Cristin Ranoque Mucutuy — estavam em um avião monomotor Cessna 206, que caiu na selva amazônica no dia 1º de maio, devido a uma aparente falha no motor. Também estavam a bordo três adultos — a mãe das crianças, Magdalena Mucutuy Valencia,o piloto do avião, Hernando Murcia Morales, e o líder indígena Yarupari, Herman Mendoza Hernández — que morreram devido ao acidente.
Segundo o pai das crianças, Manuel Ranoque, a filha mais velha contou que a mãe permaneceu viva por quatro dias após o acidente. A informação é da CNN Brasil.
As crianças permaneceram perdidas na selva por 40 dias, sobrevivendo à base de uma farinha de mandioca grossa comumente usada por tribos indígenas na região amazônica.
Finalmente, eles foram encontrados no último dia 9. Segundo autoridades, elas estavam desnutridas, mas totalmente conscientes e lúcidas no momento do resgate. Os militares também informaram que as origens indígenas das crianças permitiram que eles adquirissem “certa imunidade contra as doenças da selva” e o conhecimento sobre o que podiam e não podiam comer em um ambiente hostil.
As crianças resgatadas na selva amazônia na Colômbia entregaram a oficiais do exército colombiano desenhos sobre o cão Wilson, mostrando que o pastor belga havia encontrado as crianças antes de ele mesmo se perder na mata.
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