Fecomércio: Vendas no Natal devem movimentar mais R$ 156 milhões em Natal e Mossoró

13 de Dezembro 2021 - 10h23

A expectativa econômica para as vendas do final de ano, período mais importante para o comércio, é positiva. É o que mostra a pesquisa de Intenção de Compras para o Natal 2021, produzida pela Fecomércio RN, por meio do Instituto Fecomércio. Realizada em Natal e Mossoró, a estimativa é que a data injete R$ 156 milhões na economia potiguar.

O estudo, desenvolvido com objetivo de municiar os comerciantes e produtores com informações sobre o comportamento do consumidor, registra que em Natal e Mossoró mais de 56% dos entrevistadores pretendem presentear alguém na data. Quando comparado ao ano de 2020, esse índice registra crescimento de 1,6 ponto percentual na capital e 5,4 no interior do estado.

Apesar de ainda não recuperar os números de 2019, a tendência traz um fôlego a mais para o momento, especialmente com o incremento do 13º salário na renda do trabalhador. A data comemorativa deve levar 535 mil consumidores às compras, sendo 435 mil em Natal e 97 mil em Mossoró.

Para aqueles que não vão presentear no Natal, os principais motivos são falta de dinheiro e desemprego que juntos somam 76% das justificativas. Outros motivos são “poupar/economizar” e “contas ou dívidas em atraso”.

Lista de compras

No topo do ranking das categorias de produtos mais procurados para presentear estão as roupas, com 53,7% das respostas em Natal e 61,2% em Mossoró. Em segundo lugar ficaram os brinquedos, com cerca de 22% em ambas cidades.  Ainda na lista de compras estão perfumes e cosméticos (Natal 21,7% e Mossoró 22%), calçados (Natal 15% e Mossoró 20,6%).

Na capital, compõem a lista ainda relógios/joias/bijuterias (9,4%), eletrônicos (8,8%), eletrodomésticos (4,1%), alimentos (3,2%), móveis e decoração (2,6%) e livros (2,1%). Outros itens foram citados por 4,4% dos entrevistados, e 8,8% ainda não sabem o que vão comprar.

Já em Mossoró, também foram citados, por ordem: acessórios pessoais (8,9%); eletrônicos/celulares (6,5%); eletrodomésticos (3,8%); móveis e decoração (2,1%); livros (1,4%), entre outros.

Generosidade

O espírito natalino fala mais alto quando se trata da distribuição de presentes. Em Mossoró, mais de 83% dos entrevistados almejam comprar entre dois e quatro presentes. Em Natal, mais da maioria também segue a tendência generosa de múltiplos produtos (exatos 59,5%).

O resultado dessa movimentação também será refletido no gasto médio com presentes. Em Natal, ticket médio, ou seja, o valor a ser gasto pelo consumidor nas compras, será de R$ 295 entre os natalenses e R$ 288,02 entre os mossoroenses.

Embora animador, em termos nominais, o valor é menor do que o registrado no ano passado, quando gasto médio pretendido havia sido de R$ 316,27 (Natal) e R$ 298,18 (Mossoró).

Forma de pagamento e local de compra

O pagamento no cartão de crédito de forma parcelada será o meio mais utilizado, a modalidade foi citada por 57,2% dos mossoroenses ouvidos e 49,7% dos natalenses. Os que vão comprar os produtos em dinheiro são cerca de 30% dos compradores.

Em relação ao local favorito para realizar suas compras, em Natal os shoppings seguem como o principal lugar de buscas pelos moradores da capital potiguar, preferidos por 48,4% dos consumidores. Já os consumidores mossoroenses, 56,1% pretendem adquirir produtos em lojas do comércio de rua.

De acordo com os entrevistados, o nível de preço e a variedade de produtos figuram como os fatores que mais pesam para escolha do local de compra. A qualidade dos produtos e a localização também ganham importância, nesta ordem.

Sobre os motivos que poderão fazer com que os consumidores desistam da comprar em um estabelecimento, o atendimento foi citado por mais de 30%, seguido da falta de opções de produtos, não confiar nas promoções e do valor do frete.

Análise antes da tomada de decisão

Quando o dinheiro está pouco, uma boa estratégia para garantir os presentes é fazer uma pesquisa de preço. O levantamento mostra que mais de 72% dos que vão gastar pretendem pesquisar preços antes de concluir a compra. E nessa busca pela melhor oferta, a mais da metade declarou que pretendem ir presencialmente até as lojas físicas.

Já sobre a data de compra, a pesquisa mostra que a grande maioria dos presentes devem ser comprados no mês de dezembro, sendo na semana que antecede o momento preferido para 41,6% dos nataleneses e 38,8% dos mossoroenses.

Destino do 13º salário

Em tempos de orçamento apertado, o abono extra de final de ano é um respiro para muita gente. O estudo mostra que 52% dos natalenses e 47% dos mossoroenses terão o incremento na renda.

A utilização desse recurso extra, no entanto, segue uma tendência diferente entre as duas cidades. Enquanto em Natal, a maior parte (43,3%) utilizará o a renda adicional para quitar ou pagar dívidas, em Mossoró, 41,3% vai investir em compras.

Já quem opta em guardar para compromissos de janeiro segue números similares, como uma tendência entre 28,8% das respostas em Natal e 30,8% em Mossoró.

Pretensões de viajar

Além de consultar os gastos com presentes, a sondagem da Fecomércio também buscou medir a intenção de viajar dos consumidores durante este final de ano.

A pesquisa revelou que somente 17% dos potiguares têm planos de viajar no final de ano. Apesar de baixo, em ambos os públicos há um crescimento em pontos percentuais quando comparado ao ano passado (Mossoró 2,2 p.p. e Natal 3,4 p.p.)

Porém, o destino escolhido é diferente. Enquanto o natalense tem como destino preferido é o próprio estado do Rio Grande do Norte (40,2% vão para o interior e 35,3% para o litoral), o consumidor de mossoroense se distribui em proporções similares entre os que optam por outros estados (36%), aqueles que buscam o litoral do RN (33,7%) e, por fim, aqueles que procuram o interior do RN (30,2%).

Sobre os gastos com a viagem, 51,4% dos natalenses e 46,2% dos mossoroenses pretendem desembolsar de R$ 200 a R$ 1.000.

Pesquisa

A amostra foi determinada por critérios estatísticos e, para garantir a maior fidedignidade possível, foi estabelecido estatisticamente um índice de confiança de 95% e um erro amostral de aproximadamente 4% para mais ou para menos.

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